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    Palmeiras promove maior reformulação em sete anos

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    08/01/2015 02h00 - Atualizado às 14h30

    O ano de 2014, centenário do Palmeiras, foi memorável, mas de modo ruim para o torcedor do Palestra Itália.

    Para tentar sepultar as lembranças de uma equipe que quase foi rebaixada à segunda divisão no Brasileiro, o clube iniciou os trabalhos nesta quarta-feira (7) com a maior reformulação de seu futebol desde 2008.

    Há sete anos, o Palmeiras começou temporada com um novo técnico: o treinador que assumiu era Vanderlei Luxemburgo, agora é Oswaldo de Oliveira.

    Naquele ano, também havia um novo diretor de futebol, Gilberto Cipullo. Dessa vez, é Alexandre Mattos, que foi bicampeão brasileiro pela equipe do Cruzeiro.

    Por fim, em 2008, o clube promoveu uma mudança expressiva no elenco, com oito reforços, mesmo número até agora nessa transição de 2014 para 2015.

    Editoria de arte/Folhapress

    O saldo àquela altura foi positivo, com a conquista do Campeonato Paulista pelo time de Luxemburgo.

    No primeiro dia de trabalho em 2015, debute do técnico Oswaldo, o Palmeiras não teve 21 dos jogadores que atuaram no ano passado. Desses atletas, 13 estão fora dos planos do clube, e oito têm situação indefinida.

    Entre os que deixam o time, há casos como o de Wendel, cujo contrato se encerrou e não foi renovado. Ou do goleiro Deola, emprestado para atuar pelo Fortaleza.

    A saída de Lúcio também é certa. Embora tenha vínculo até o fim deste ano, o zagueiro de 36 anos negocia com o futebol chinês.

    O caso é parecido com o de Wesley, cujo contrato vai até o fim de fevereiro. Ele deve se transferir para o São Paulo.

    Por outro lado, há, por ora, oito reforços, como o veterano meia Zé Roberto, de 40 anos, e o centroavante Leandro Pereira. Além desses oito, o atacante Maikon Leite volta de empréstimo do Atlas (MEX) e deve ser aproveitado.

    'ÁGUA LIMPA'

    Anunciado oficialmente nesta quarta (dia 7), o diretor de futebol, Alexandre Mattos, 38, exaltou o modelo de contratação com cláusulas de produtividade implementado pelo presidente do clube, Paulo Nobre, no início de seu primeiro mandato, em 2013.

    "O Palmeiras está à frente dos demais clubes pelo seu método de gestão visionária", afirmou ele, cujo contrato dura dois anos.

    "A tendência é o Palmeiras beber 'água limpa' em muito pouco tempo. Creio que os outros clubes vão pagar e já estão pagando o preço [de negociações muito caras]", disse Mattos.

    O novo dirigente admitiu que o Palmeiras passa por um momento financeiro complicado, mas acredita haver modos de contornar esse problema, com criatividade.

    "Eu também acredito que os profissionais que considerem apenas a questão financeira não servem para o modelo de gestão que eu quero implementar no Palmeiras", afirma o dirigente.

    "Vamos continuar tendo responsabilidade nas contratações, mas o torcedor vai voltar a ver o Palmeiras disputando grandes jogadores no mercado", assegurou.

    Também apresentado nesta quarta, o gerente Cícero Souza, 40, que esteve à frente das oito contratações feitas pelo clube até o momento, acredita que a chegada de Mattos dará início a um novo ciclo de contratações, com aquisições de mais peso.

    Rubens Cavallari/Folhapress
    Alexandre Mattos exibe a camisa com o número 100 nas costas durante sua apresentação no Palmeiras
    Alexandre Mattos exibe a camisa com o número 100 nas costas durante sua apresentação no Palmeiras
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