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    'Foi como um tijolo cair na cabeça', diz Del Nero sobre 7 a 1

    DIEGO IWATA LIMA
    MARCEL RIZZO
    DE SÃO PAULO

    10/01/2015 02h00

    Seis meses após a pior derrota da história do futebol brasileiro –a goleada de 7 a 1 que o Brasil sofreu na semifinal da Copa da Alemanha–, o assunto é tratado pelo presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, como uma fatalidade.

    "É como você estar andando na rua e cair um tijolo na sua cabeça. Se jogarmos mais dez vezes, 20 vezes contra a Alemanha, não perdemos assim", disse o dirigente.

    Del Nero tomou posse nesta sexta-feira (9) para mais um mandato na Federação Paulista de Futebol, mas este será curto. Em 16 de abril, ele renunciará ao cargo para assumir a presidência da CBF – foi eleito em abril de 2014.

    E foi como futuro chefe do futebol brasileiro que Del Nero voltou a comentar a derrota que até hoje é motivo de piada em redes sociais. No dia 7 de janeiro, a última quarta, o dia (7) e o mês (1) foram trocados em calendários fictícios pelas bandeiras de Alemanha e Brasil para brincar mais uma vez com aquela partida no Mineirão.

    Mais uma vez, Del Nero falou que houve um problema tático. O técnico Luiz Felipe Scolari foi dispensado pela CBF cinco dias depois da derrota para a Alemanha e Dunga contratado 14 dias depois.

    "Houve um problema tático. O Brasil tentou marcar a Alemanha no campo dela e não deu certo. Aí levou um, dois, três. Eu não ouvi o técnico dando essa instrução, mas depois me disseram que ele deu. O primeiro gol levamos de escanteio, que não costumávamos tomar", disse Del Nero na sede da FPF.

    Membro do Comitê Executivo da Fifa, Del Nero disse que o futebol brasileiro continua respeitado na Europa apesar do fracasso na Copa disputada em casa.

    "O sistema é respeitado. Os jogadores, os clubes, a entidade desportiva", disse.

    NEGOCIAÇÕES

    O presidente eleito da CBF revelou que na segunda-feira a entidade vai divulgar um documento com suas novas regras para aprovar transferências de jogadores. O processo será mais rígido.

    "O clube vai ter que explicar a negociação para a CBF com muito mais detalhes", disse o dirigente.

    Na comunicação de venda, terá que ser detalhado o valor que cada parte dona dos direitos econômicos do atleta recebeu, por exemplo. A medida chega logo após a Fifa decidir que empresas não poderão mais ter parte nos direitos econômicos dos atletas a partir de maio deste ano.

    O cartola votou a favor da proposta na reunião do Comitê Executivo da Fifa, em dezembro, apesar de clubes brasileiros, dependentes de dinheiro de terceiros para transações, serem contra a regra.

    "O clube reclama hoje, mas no futuro, quando vender o jogador por R$ 20 milhões e ficar com 100%, e não com R$ 2 milhões porque o atleta está fatiado, vai comemorar.", disse Del Nero.

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