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    Campeão no handebol feminino vê quartas como meta do Brasil no Mundial

    MARINA GALEANO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    15/01/2015 18h09

    Técnico da seleção brasileira feminina de handebol, o dinamarquês Morten Soubak acredita que se o Brasil chegar às quartas de final no Mundial masculino –disputado entre os dias 15 de janeiro e 2 de fevereiro, em Doha, no Qatar– será um "excelente" resultado.

    "O Jordi [Ribera, técnico] está fazendo um ótimo trabalho. O Mundial masculino é muito difícil, com muitos países fortes. Se o Brasil chegasse entre os oito colocados já seria excelente, um feito histórico", disse o treinador durante entrevista à "TV Folha", nesta quinta-feira (15).

    Até hoje, a melhor colocação dos brasileiros em mundiais foi um 13º lugar em 2013.

    Nesta tarde, a equipe estreou com derrota por 28 a 23 para os donos da casa. Os outros integrantes da chave do Brasil são Espanha, Belarus, Eslovênia e Chile.

    SELEÇÃO FEMININA

    Enquanto o handebol brasileiro masculino luta para se firmar, sob o comando de Morten Soubak, as meninas conquistaram o título inédito em 2013, no Mundial da Sérvia.

    O feito quebrou uma hegemonia de quase 20 anos das europeias, que, desde 1995, quando a Coreia do Sul sagrou-se campeã, faturaram todos os mundiais em disputa.

    O dinamarquês assumiu a seleção em 2009, depois de dirigir a equipe masculina do Pinheiros de 2005 a 2008.

    Antes, em 1995, ele teve uma breve passagem pelo Osasco, mas ficou apenas seis meses no país.

    "Agora fica fácil falar que, lá em 2009, eu acreditava que poderíamos ganhar um Mundial. Porém, já naquela época, eu dizia às meninas que era possível tentar construir nosso caminho para chegar ao pódio", lembrou Soubak.

    Também sob seu comando, as brasileiras venceram os Jogos Panamericanos de Guadalajara, em 2011, e terminaram em sexto lugar na Olimpíada de Londres-2012 -a melhor colocação do Brasil até hoje.

    Para 2016, o projeto é brigar por uma inédita medalha olímpica.

    "Estamos indo preparados para trazer uma medalha. Mas sabemos que outras equipes vêm com esse mesmo objetivo", afirmou o técnico, acrescentando que, com a conquista do Mundial-2013, o Brasil adquiriu status de "time a ser batido".

    "A Noruega [bicampeã olímpica] pode ter um certo favoritismo. Mas pelo que estou vendo, há um equilíbrio muito grande entre as seleções."

    Totalmente adaptado ao país, Morten Soubak se considera um "brasileiro nascido na Dinamarca". Adora a Bahia, torce para o São Paulo e acredita que sua paixão pelo futebol o aproximou do Brasil.

    "Depois daquela derrota contra a Itália na Copa-1982 [que resultou na eliminação do Brasil] chorei mais do que qualquer brasileiro."

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