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    Santos quer economizar R$ 3,5 mi até julho e estuda antecipar receitas

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    18/01/2015 02h00

    Embora lamente publicamente, a nova diretoria do Santos não está tão triste assim com as ações de jogadores na Justiça do Trabalho. Nas últimas semanas, Aranha, Mena, Arouca e Leandro Damião protocolaram processos na Justiça por falta de pagamento de salários e depósitos de FGTS. Arouca, por exemplo, pede a rescisão contratual para poder assinar com o Palmeiras.

    O raciocínio do presidente Modesto Roma Júnior é simples. O Santos quer enxugar R$ 3,5 milhões mensais da folha salarial até julho, contando contribuições sociais e impostos. Se os atletas entraram com ação, o Santos não se sente mais obrigado a pagá-los. Até que saia a decisão, a diretoria ganha tempo para fazer caixa e, se for condenado, a parcelar a quitação do débito.

    Na lista dos que reclamam na Justiça estão alguns dos maiores salários do elenco. Leandro Damião recebia R$ 500 mil mensais. Arouca, cerca de R$ 300 mil. Aranha e Mena estão na casa dos R$ 200 mil. A diretoria também acertou a rescisão contratual de Edu Dracena, que tinha salário de R$ 300 mil.

    O zagueiro deve ir para o Corinthians, mas o Flamengo também está interessado. O técnico da equipe carioca é Vanderlei Luxemburgo, o mesmo que o contratou para jogar no Santos em 2009.

    Editoria de Arte/Folhapress

    RECURSOS

    Em grave crise financeira, o Santos vasculha os contratos e as contas para saber onde estão possíveis antecipações de receitas. Dinheiro de patrocínios, cotas de TV de 2016 (as de 2015 já foram recebidas no ano passado), empréstimos bancários e a ajuda de Marcelo Teixeira, em último caso, são os recursos que estão na mesa.

    Teixeira é padrinho político da candidatura de Modesto Roma Júnior à presidência e chegou a ser credor de R$ 20 milhões do Santos. A dívida tem sido paga em prestações mensais de R$ 480 mil.

    A Folha apurou que Modesto, ao assumir o cargo, descobriu que nenhuma conta foi paga nos últimos quatro meses. Teve de renegociar dívidas pendentes de água e luz.

    O clube deve ajuda de custo para garotos das categorias de base. A manutenção do gramado da Vila parou de ser feita em outubro. Oito floriculturas apresentaram faturas não pagas. Apenas o departamento de comunicação tem débitos de cerca de R$ 1 milhão. Funcionários reclamam que não receberam o 13º salário no final do ano passado.

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