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    Ponta lidera time do Brasil na 1ª vitória no Mundial de handebol

    MARCEL MERGUIZO
    ENVIADO ESPECIAL A DOHA (QATAR)

    20/01/2015 02h00

    Vencer uma seleção europeia no Mundial de handebol não é tarefa comum. Nas 11 participações anteriores, o Brasil só havia batido times do Velho Continente três vezes. A quarta foi na segunda (19): 34 a 29 contra Belarus.

    E um dos principais responsáveis foi o ponta Felipe Borges, 29, o único da seleção que atua na França.

    Artilheiro do jogo com nove gols, Borges ainda foi eleito melhor jogador da partida (ganhou um relógio de um dos patrocinadores).

    "A cada Mundial a gente vai crescendo um pouco. Quem sabe no Rio [na Olimpíada-2016] a gente não tenta surpreender", disse.

    Surpresa no caso é vencer os times europeus. Em mundiais, o Brasil bateu a Macedônia, em 1999, a Sérvia, em 2009, e Montenegro, em 2013. Com a vitória sobre Belarus, está mais perto da vaga nas oitavas de final no Qatar.

    Mohammed Dabbous/Reuters
    Autor de nove gols, Felipe Borges, 29, comemora a vitória da seleção brasileira contra Belarus nesta segunda (19)
    Autor de nove gols, Felipe Borges, 29, comemora a vitória da seleção brasileira contra Belarus nesta segunda (19)

    "Já estou há muito tempo no handebol e vejo a dificuldade que é ganhar dos europeus pela tradição, por terem as melhores ligas e pelo físico deles", explica Borges, que já atuou em cinco Mundiais.

    Tradição é, em 23 Mundiais, de 1938 até hoje, nunca um país de fora da Europa ter conquistado uma medalha. Suécia, França e Romênia são os maiores campeões, com quatro títulos cada.

    No Qatar, são 15 europeus entre os 24 participantes. E só dois deles não estão na zona de classificação às oitavas: Belarus e República Tcheca.

    O próximo jogo brasileiro é contra outro europeu, a Eslovênia, quarta. Nesta segunda, os eslovenos perderam (31 a 29) para o Qatar, recheado de europeus naturalizados.

    "Eles são fortes e altos. É difícil encontrar um biótipo como o do europeu", lembra Borges, de 1,86 m e 614 gols pela seleção, sendo assim o artilheiro da equipe, que não tem um atleta acima de 2 m.

    Belarus tinha cinco jogadores acima dos 2 m em quadra. A Eslovênia, nenhum.

    Se o Brasil, hoje quatro, quiser subir mais um degrau e tentar a terceira colocação do Grupo A, o salto precisa ser dado nesta quarta.

    O repórter MARCEL MERGUIZO viaja a convite da organização do Mundial

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