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    Capitão do São Paulo na Copinha queria ser peão quando criança

    MARINA GALEANO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    22/01/2015 12h00

    Hugo Gomes, 20, cresceu no meio do futebol. Mas até os quatro anos de idade, o zagueiro e capitão do São Paulo na Copa São Paulo de Futebol Júnior não dava a mínima atenção para a bola.

    "Ele só queria saber de boi, queria ser peão. Todo ano eu o levava para Barretos", lembra Hélio Gomes, 52, pai do garoto e ex-jogador profissional.

    O mundo dos rodeios, porém, ficou no passado. Nesta quinta (22), às 21h, o defensor irá liderar a equipe são-paulina na semifinal do torneio de juniores, diante do Corinthians, em Limeira.

    Em sua terceira Copa São Paulo, Hugo é o atleta mais experiente do elenco e o primeiro jogador das categorias de base do clube tricolor a se formar na faculdade.

    Varou algumas madrugadas para entregar relatórios de estágio e trabalhos de anatomia, penou para conciliar os estudos com os dois períodos de treinamento, mas concluiu o curso de educação física sem reprovar em nenhuma matéria, ao final de 2014.

    "Entendi que a faculdade traria benefícios à minha profissão, no sentido de eu conhecer melhor o meu corpo", afirma.

    Nascido em Campo Grande (MS), o zagueiro deu seus primeiros chutes aos cinco anos, na escolinha do pai, a Los Angeles Futebol Clube.

    Divulgação
    Hugo Gomes, zagueiro e capitão do São Paulo na Copa São Paulo de Futebol Júnior
    Hugo Gomes, zagueiro e capitão do São Paulo na Copa São Paulo de Futebol Júnior

    A escola -localizada no bairro homônimo da capital sul-matogrossense- surgiu de um projeto social para atender crianças carentes e acabou se tornando um centro de treinamento para categorias de base.

    Foi durante um campeonato pelo Los Angeles F.C, em 2008, que Hugo recebeu o convite para fazer testes no São Paulo.

    Em 2009, com apenas 13 anos, deixou a casa dos pais e se alojou no Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, em Cotia. Apegado à família, sofreu um pouco nos primeiros meses. "Mas entendi que, para chegar aonde eu queria, precisaria me adaptar às mudanças."

    A partida desta noite é um "degrau" importante -"e muito difícil"- rumo ao seu sonho de virar profissional.

    "Vai ser um jogo bem apertado. Clássico sempre se define em detalhes", analisa, já com discurso de atleta tarimbado.

    Caso o São Paulo passe pelo Corinthians, Hugo terá um torcedor especial na decisão.

    "Estarei na final com certeza. Quero abraçar o capitão com a taça", diz Hélio. "Pensa no orgulho que vai ser."

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