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    Time campeão da Copa São Paulo nasceu de garimpagem corintiana

    RAFAEL REIS
    DE SÃO PAULO

    26/01/2015 02h00

    Enquanto a maioria dos jogadores do Corinthians festejava no meio do campo o título da Copa São Paulo, o artilheiro do time corria pelas laterais do gramado do Pacaembu enrolado em uma bandeira de Rondônia.

    Gabriel Vasconcelos, autor de oito gols na competição, nasceu em Porto Velho (RO) e foi entre 2009 e o ano passado jogador do Fluminense.

    Sua contratação pelo Corinthains, que comprou 50% dos seus direitos econômicos, resume bem como a equipe sub-20 do clube foi formada.

    Os meninos que aprenderam e desenvolveram seu futebol no Parque São Jorge são minoria. Os destaques do time foram identificados por olheiros, negociados por seus antigos clubes e só recentemente desembarcaram no campeão da Copa São Paulo.

    Quatro titulares escalados na decisão contra o Botafogo (SP), aliás, já haviam disputado a competição por outras equipes em anos anteriores.

    O meia-atacante Marcinho jogou a Copinha de 2012 pelo Vila Nova (GO). Yan atuou pelo Desportivo Brasil na competição em 2013. No ano passado, o zagueiro Rodrigo Sam e o meia Matheus Vargas, dois dos craques do time, jogaram por Marília e Grêmio Osasco, respectivamente.

    Além deles, o lateral direito Léo Príncipe e o volante Marciel também não são crias genuínas da base corintiana. O primeiro atuava no Flamengo, e o segundo já passou até pelo futebol italiano (Roma).

    O time júnior do Corinthians conta até com um estrangeiro. O meia Gustavo Viera chegou ao Brasil em setembro, indicado pelo ex-zagueiro Gamarra, ídolo do clube. Ele não participou da Copa São Paulo porque está com a seleção paraguaia no Sul-Americano sub-20.

    O próprio técnico Osmar Loss é uma estrela das categorias de base. Ele se destacou comandando o Internacional e foi contratado no segundo semestre de 2013. Na primeira Copa São Paulo, perdeu para o Santos e foi vice. Agora, levantou a taça.

    Sua chegada ao Corinthians fez parte do mesmo processo de renovação das categorias inferiores que levou ao clube tantos jogadores garimpados em outras partes do país. A ideia era fortalecer a formação de atletas, setor que vinha recebendo críticas dentro do clube.

    "Nossa base está muito bem graças ao trabalho dos nossos dirigentes. Futebol é um trabalho de longo prazo", afirmou o diretor de futebol Ronaldo Ximenes.

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