Terminou em choro e um gol de diferença o Mundial de handebol para o Brasil. Mas começou em esperança e ambição a reta final de preparação para a Olimpíada do Rio.
A derrota por 26 a 25 para a Croácia, nas oitavas de final, no domingo (25), em Doha, repetiu o drama da competição de 2013, quando a seleção caiu pela mesma diferença de gols frente à Rússia.
"Difícil aceitar. A gente deixou a vida em quadra. É um choro de frustração porque sabemos que estamos próximos de vencer as potências", afirmou o central Hubner, com os olhos marejados.
A chance de fazer história e chegar pela primeira vez às quartas de final rondou a equipe brasileira, que chegou a liderar a partida diversas vezes. Mas parou na campeã do mundo em 2009 e bronze no último Mundial.
"A gente aprendeu a jogar bem. Agora é aprender a ganhar. No esporte o que vale é ganhar", disse o armador Valadão, também após chorar.
Campeões olímpicos em 1996 e 2004, os croatas sofreram contra o Brasil. Assim como tiveram muitas dificuldades a atual campeã do mundo, Espanha, e a Eslovênia, semifinalista em 2013, já classificada para as quartas.
"Uma das lições do Mundial é que podemos ganhar jogos grandes. Ninguém nos venceu de forma clara. Se era para sair, foi da melhor forma possível. Merecíamos estar nas quartas. Tivemos ambição", analisou o técnico do Brasil, Jordi Ribera.
Na preparação para a Olimpíada, os brasileiros que têm contratos para serem renovados no meio do ano tentam incluir cláusula no acordo para ter mais tempo de treino com a seleção. Deste time, nove dos 16 atuam na Europa.
Além disso, o técnico cobrou a conclusão do centro de treinamento da seleção em São Bernardo do Campo.
"Não chega a nossa casa, para trabalhar, concentrar e não ter uma seleção itinerante. Será um salto tremendo."
O presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Oliveira, disse que "faltam pequenos detalhes" e que o centro deve ser entregue ainda neste semestre.
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