O Corinthians fez pré-temporada nos Estados Unidos, foi à Disneylândia e só pensa na Libertadores. O Marília vive com problemas financeiros, greves de jogadores e tem como único objetivo não cair para a segunda divisão.

As duas equipes se enfrentam na primeira rodada do Estadual neste domingo (1º), às 17h, no Itaquerão.

A estreia não está entre os assuntos mais importantes no Corinthians. O pensamento está no Once Caldas, da Colômbia, adversário na primeira fase da Libertadores. O jogo de ida será na quarta (4), no Itaquerão.

A não renovação de Guerrero monopolizou as discussões nas últimas semanas.

"Quando você pensa em outras coisas, quando chegar na hora em que mais precisar [dentro de campo], vai faltar. Deixa as coisas acontecerem", analisou o técnico Tite, pedindo que o atacante, que tem contrato até julho, se concentre no Corinthians.

	Daniel Augusto Jr./Divulgação/Agência Corinthians
	O técnico Tite durante uma partida do Corinthians

O peruano quer cerca de R$ 18 milhões de luvas e salários de R$ 500 mil mensais.

Enquanto Guerrero já ressaltava a falta de acordo e o clube estava nos Estados Unidos, o Marília entrava em greve por atraso de salários.

Os jogadores fizeram paralisação de três dias neste mês. Os vencimentos de dezembro estão atrasados. No final de 2014, eles já haviam feito o mesmo por 24 horas.

O futebol do clube é gerido pela Spring Sport, que tem contrato até o final de 2016. A empresa está no Marília desde a Série A3 de 2013.

A diretoria admite problemas financeiros. "Temos algumas pendências ainda. As receitas estão aparecendo agora e vamos colocar a casa em ordem", disse o gerente de futebol Ney de Paula.

A Folha apurou que a diretoria teve uma reunião com os jogadores e prometeu acertar parte da dívida até o jogo da próxima quarta-feira (4), contra o Rio Claro, que será realizado em Marília.

Nesta data, o Corinthians estará entrando em campo para começar a decidir sua vida na Libertadores. Um torneio que, em 2012, quando conquistou o título, lhe rendeu R$ 15 milhões apenas na venda de ingressos.

A dívida do Marília com elenco, funcionários e fornecedores, quando o time entrou em greve, estava em cerca de R$ 1,2 milhão.