Apesar da falta de estrutura do futebol no Mato Grosso, a Arena Pantanal conseguiu atrair jogadores estrangeiros para o Estadual. Clube de maior torcida no Estado, o Mixto contratou dois paraguaios e um peruano.

"Claro que jogar num estádio de Copa mexe com a nossa cabeça", disse o goleiro Ortiz Largo, 25, que assistiu pela televisão aos quatro jogos do Mundial em Cuiabá.

Mas nem o campo não é mais o mesmo. O gramado foi contaminado por pragas.

Seduzido pelo estádio, Largo, que terá um salário de cerca de R$ 3 mil mensais, não vai poder jogar neste domingo (1). O goleiro ainda não está registrado na CBF.

Com um orçamento de R$ 100 mil por mês, os dirigentes são obrigados a improvisar nos treinos. Na sexta (30), os jogadores faziam um rodízio numa pequena piscina plástica com gelo após o treino.
"Sabia que seria um desafio. Mas o estádio pesou, sim. É um estímulo maior", afirmou o atacante Washington Júnior, 25, outro que chegou a Cuiabá neste ano.

Nascido no Rio e formado nas divisões de base do Atlético-PR, ele é filho de Washington, que formou o Casal 20 com Assis no Fluminense dos anos 80.