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    Torneio sub-18 dá a jovens brasileiros chance de jogar Roland Garros

    EDUARDO OHATA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    04/02/2015 02h00

    Chen Yehua -24.ago.2014/Xinhua
    Orlando Moraes Luz disputa partida da Olimpíada da Juventude em Nanquin
    Orlando Moraes Luz disputa partida da Olimpíada da Juventude em Nanquin

    Cabisbaixo, balançando a cabeça e com os olhos marejados, o tenista gaúcho Orlando Luz deixa a quadra 17 do complexo de tênis de Roland Garros, em Paris. Poucos minutos antes, fora eliminado em uma das semifinais da edição do ano passado do torneio juvenil do Grand Slam francês pelo russo Andrey Golubev, em um jogo no qual chegou a estar ganhando.

    De repente, Orlandinho, 16, sente uma mão em suas costas. Quando ergue o rosto, está cara a cara com seu ídolo, Gustavo Kuerten.

    "Que é isso? Na sua idade eu nem tinha condições de estar jogando aqui [em Roland Garros]...", argumentou, olhos nos olhos, o brasileiro que conquistou três títulos no Grand Slam francês.

    A decepção do juvenil, prata em simples nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquin-14 e atual segundo do ranking mundial, foi aplacada pelas palavras de Guga.

    Além disso, verá agora sua performance produzir frutos.

    Motivados pela boa fase dos juvenis brasileiros, diretores de Roland Garros acertaram a realização de um torneio para tenistas de ambos os sexos na categoria sub-18 sem ranking que garanta ida a Roland Garros, de 16 a 19 de abril, em São Paulo.

    Também haverá uma exposição da taça da competição na capital paulista entre os dias 17 e 19 de abril.

    Os campeões enfrentarão os vencedores de torneios semelhantes na China e Índia. Os melhores do duelo entre as três nações receberão um convite para a chave principal juvenil de Roland Garros.

    Os outros participantes terão uma segunda chance no qualificatório do torneio.

    O Brasil também receberá o evento "Roland Garros in the city" ("Roland Garros na cidade"). A cidade onde ele será realizado ainda não foi definida –São Paulo ou Rio.

    Sua estrutura inclui telões e mini-quadras, onde o público brasileiro poderá assistir às partidas do Grand Slam francês e jogar tênis.

    SOTAQUE FRANCÊS

    O formato do evento já foi testado no ano passado em Pequim, na China. O custo da instalação da estrutura, bem como das passagens aéreas e acomodação dos juvenis serão pagos pela Federação Francesa de Tênis (FFT).

    "Escolhemos o Brasil porque o país vem conquistando excelente resultados com os juvenis em Roland Garros", explicou Lucas Douburg, gerente da FFT.

    "No ano passado já tivemos seis tenistas na competição juvenil de Roland Garros, o quinto maior número, superado apenas por França, EUA, Rússia e Austrália", disse Jorge Lacerda da Rosa, presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis).

    O Brasil fechou 2014 com sete jogadores entre os cem melhores do ranking juvenil.

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