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    Inspiração europeia e jogadores reabilitados marcam retorno de Tite

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    20/02/2015 02h00

    Tite começou a construir o Corinthians de 2015 no ano passado, quando estava desempregado.

    O técnico de 53 anos tirou período sabático decidido a estudar o esquema tático 4-1-4-1, o mesmo que emprega agora na equipe paulista.

    Viajou à Argentina e almoçou com Carlos Bianchi, que na época comandava o Boca Juniors. Depois embarcou para a Espanha e conversou com Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid.

    Um dos assuntos com ambos foi o 4-1-4-1. Quando voltou ao Corinthians, no final de 2014, a ideia que tinha na cabeça foi posta em prática.

    O time está invicto, com cinco vitórias e um empate. São 13 gols marcados e dois sofridos. Como na vitória da quarta (dia 18) sobre o São Paulo por 2 a 0, sua equipe mostra um toque de bola que tem envolvido os rivais na Libertadores e no Paulista.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "O que o Tite trabalha é impressionante", diz Elias.

    O volante é uma das peças fundamentais que o treinador colocou em prática no Parque São Jorge. Seu antecessor, Mano Menezes, defendia que Elias deveria aparecer eventualmente na área adversária, como surpresa.

    Tite pensa de outro modo: quer o atleta constantemente no ataque. Elias, aliás, fez o primeiro gol da vitória sobre o time tricolor.

    "É a mesma situação do Paulinho [volante vendido para o Tottenham da Inglaterra]. Não é surpresa, é constância", disse ele à Folha sobre Elias ainda em 2014.

    O VELHO E O NOVO

    Ao ser recontratado para dirigir o time (ele havia comandado a equipe entre 2010 e 2013), Tite fez um pedido aos jogadores: que se cuidassem nas férias.

    Já sabia que teria de disputar a primeira fase do torneio sul-americano e queria acelerar o processo físico.

    Foi na volta do elenco e durante a pré-temporada que encontrou o seu "novo Jorge Henrique." Emerson Sheik, assim como em 2012, joga por um novo contrato –seu acordo atual com o Corinthians termina em julho.

    O atleta tem se desdobrado em campo. Acompanha o avanço do lateral adversário, como fazia Jorge Henrique na última passagem do técnico.

    Mano não queria ver Sheik no Corinthians. No ano passado, o atacante havia sido emprestado para o Botafogo.

    É um novo esquema tático para o velho Tite. O treinador que, com conversa cara a cara durante a pré-temporada, fez com que Jadson deixasse de ser jogador dispensável e se tornasse titular. "Ele faz a gente acreditar nas coisas que diz", afirma Jadson.

    Acreditam tanto que Danilo, um meia, fez o papel de centroavante diante do São Paulo, assumindo papel de pivô e abrindo espaços para quem vem de trás.

    Exatamente como pede o esquema estudado e implantado pelo técnico.

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