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    Eleição e cargo de superintendente recolocam Andres no poder corintiano

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    20/02/2015 12h01

    Andres Sanchez, segundo ele mesmo, estará acima dos diretores de futebol do Corinthians. Nomeado pelo presidente Roberto de Andrade como superintendente da área, ele passa a ocupar no papel uma função que já desempenhava informalmente desde o final do ano passado, quando o mandato de Mario Gobbi chegou aos últimos meses.

    "O presidente queria que eu fosse o diretor de futebol. Não aceitei", disse Sanchez, que é deputado federal pelo PT de São Paulo e continua ligado à administração do Itaquerão.

    O diretor anunciado para a área foi o economista Sérgio Janikian. O diretor adjunto da área é Eduardo Ferreira, conhecido pela ligação com a Gaviões da Fiel. Os dois não têm qualquer experiência no futebol. Andrés, sim. Comandou o departamento quando o presidente era Alberto Dualib e foi presidente durante três anos, do final de 2007 a 2011.

    "O mérito do novo diretor, em primeiro lugar, é ser corintiano. Mas ele não tem experiência no futebol e estarei aqui para ajudar", completou.

    A vitória de Roberto de Andrade na eleição no início deste mês voltou a colocar Andres no coração do poder do Parque São Jorge. Ele passou às turras com Gobbi durante os três anos do mandato deste. Oficialmente, são aliados. Fazem parte do mesmo movimento político, a "Renovação e Transparência". Mas viviam uma disputa nos bastidores em que a administração de Gobbi foi minada incansavelmente.

    No final do ano passado, o agora superintendente assumiu negociações por reforços. No que dependesse dele, o Corinthians teria contrato o atacante Dudu. Gobbi vetou o acordo por considerá-lo muito caro. O volante Jonas teve o mesmo desfecho. O primeiro acabou no Palmeiras. O último, no Flamengo. 

    Mesmo afastado oficialmente, Sanchez nunca deixou de ser a maior referência política no clube, o principal responsável pelo seu grupo estar no poder desde 2007 e estará garantido no comando do Corinthians até, no mínimo, 2017. É quando terminará o mandato de Roberto de Andrade.

    Quando questionado, o superintendente disse que dará apenas "palpites". Mas a intenção de Roberto de Andrade é entregar o comando do futebol para o seu principal aliado. Alguém que tem histórico de costurar contratações de impacto (como Ronaldo e Adriano), conquistar títulos e segurar a barra de técnicos em momentos difíceis. Foi ele quem não demitiu Tite após a eliminação diante do Tolima, da Colômbia, na primeira fase da Libertadores de 2011.

    "Quero que ele comande o futebol, tanto o profissional quanto o amador", confessou Roberro de Andrade. 

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