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    Chelsea lidera ranking de prisões de torcedores por racismo na Inglaterra

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    21/02/2015 02h00 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    O incidente no metrô parisiense da última terça-feira (17), quando torcedores do Chelsea barraram a entrada do francês negro Souleymane S. em um dos vagões, não foi um ato isolado de racismo relacionado ao clube.

    Segundo dados levantados pelo Ministério do Interior britânico, o time londrino teve 19 torcedores presos por entoar cânticos racistas nos estádios (e redondezas) nas últimas dez temporadas da primeira e da segunda divisão do futebol inglês, o maior número entre todos os times do país.

    Ao lado do Chelsea está o West Ham, que teve o mesmo número de torcedores mandados à prisão pelo mesmo motivo.

    Antes da partida contra o PSG pela Liga dos Campeões, além de empurrarem Souleymane, os torcedores cantaram "nós somos racistas, nós somos racistas, e é essa a maneira que gostamos" dentro do vagão.

    A Justiça francesa e a polícia britânica (Scotland Yard) estão investigando o incidente e, caso os torcedores venham a ser presos, o Chelsea se tornará isoladamente o clube com mais prisões relacionadas a injúrias raciais.

    Se considerados culpados, os envolvidos podem receber penas de até três anos na prisão, além de multas de dezenas de milhares de libras.

    Os torcedores do atual líder do Campeonato Inglês não estão sozinhos. Clubes tradicionais como Tottenham, Arsenal e Manchester United também tiveram um grande número de torcedores presos por gritos racistas nas últimas dez temporadas (ver tabela abaixo).

    Editoria de Arte/Folhapress

    SUSPENSÃO

    Nesta quinta-feira (19), o Chelsea emitiu nota anunciando a suspensão de três torcedores do estádio Stamford Bridge supostamente envolvidos no evento, e promete bani-los "por toda a vida" em caso de comprovação de participação.

    Em entrevista à rádio RMC, o presidente da Uefa Michel Platini disse que não pode punir o Chelsea por ações de seus torcedores fora do estádio.

    "Não podemos punir o clube. Podemos punir o que acontece dentro do estádio ou no perímetro do estádio. Mas fora dele, no metrô, o que você quer que eu faça? Não tenho os meios nem o poder de punir por isso. Não podemos fazer mais que recomendar aos clubes que prestem atenção em seus torcedores e tomem providências. Mas é difícil punir nesses casos", declarou.

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