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    Contra desgaste físico, futebol pode ter quarta substituição na prorrogação

    RAFAEL REIS
    DE SÃO PAULO

    27/02/2015 02h00

    Matt Dunham/Associated Press
    Jones, dos EUA, sente o cansaço contra a Bélgica, na Copa
    Jones, dos EUA, sente o cansaço contra a Bélgica, na Copa

    Jogadores exaustos tocando a bola de lado e gastando tempo para levar a definição do vencedor para os pênaltis.

    É com cenas assim, comuns em tantas prorrogações, que a Fifa quer acabar.

    Por sugestão da entidade, a International Board, órgão responsável pelas regras do futebol, vota em seu congresso de 2015, que começa nesta sexta (27) e vai até domingo (1º), proposta para liberar uma quarta substituição em jogos com prorrogação.

    Caso seja aprovada, a medida permitirá que, encerrados os 90 minutos do tempo normal, os treinadores possam realizar uma alteração extra, além das três usuais.

    A intenção é fazer com que os 30 minutos de prorrogação tenham mais jogadores em condições físicas de continuar atuando em alto nível. Com isso, espera-se que os times deixem a cautela e partam para o ataque na tentativa de evitar os pênaltis.

    "Não tenha dúvida que as prorrogações terão um nível mais alto. O jogador que entra em campo descansado no físico e na mente ajuda muito seu time", afirmou à Folha o preparador físico do Corinthians e da seleção brasileira, Fábio Mahseredjian.

    Editoria de arte/Folhapress

    A inclusão de uma substituição extra no futebol já foi analisada pela International Board em 2012. Só que voltou com muito mais força depois da Copa do Mundo-2014.

    O Mundial do Brasil teve recorde de prorrogações desde a adoção do formato atual de disputa, em 1998. Metade dos 16 jogos da fase de mata-matas foi decidida depois do fim do tempo normal –quatro se arrastaram aos penais.

    Além disso, a Copa teve o maior número de gols marcados por reservas de sua história: 32, ou 18,7% do total.

    A definição do tetracampeonato alemão saiu nessas circunstâncias. Mario Götze, que havia saído do banco e estava mais descansado que os demais, marcou na prorrogação o gol do título.

    "Sou favorável [a uma quarta substituição] até em jogo normal. O futebol hoje é muito intenso. Com as trocas, você mantém o ritmo do jogo, é melhor para o espetáculo", analisou o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho.

    Para alterar a regra do futebol, o projeto precisa conquistar no mínimo seis votos positivos dos oito do colégio da International Board –a Fifa conta com quatro votos e as federações de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, um cada.

    Além da quarta substituição, a entidade irá votar, entre outros projetos, a liberação de chips eletrônicos no uniforme dos jogadores para medir movimentação, a temperatura e batimentos cardíacos e uma diminuição nas punições recebidas por um atleta que cometer pênalti para impedir um gol adversário.

    O grupo também irá discutir, entre outros tópicos, o uso de replays pela arbitragem em lance polêmicos, uma das plataformas do presidente da Fifa, Joseph Blatter.

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