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    Tecnologia no futebol deveria ter sido aprovada contra injustiças, diz Júnior

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    01/03/2015 02h00

    Ex-jogador da seleção brasileira e do Flamengo e comentarista da TV Globo, Júnior disse ser a favor da tecnologia no futebol, depois do congresso anual da International Football Association Board, órgão fundado em 1886 e responsável pelas regras do futebol, neste sábado (28), em Belfast, na Irlanda do Norte.

    O tom da reunião foi de que o futebol não mudará suas regras em 2015.

    "O mais importante é a discussão sobre tecnologia, que deveria ter sido aprovada para minimizar injustiças. Um pênalti mal marcado, um gol anulado são lances que mudam a história do jogo", avalia Júnior.

    A International Football Association Board é composta por quatro membros da Fifa e mais quatro representantes das federações nacionais da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

    Eles rejeitaram, entre outras propostas, a adoção da quarta substituição para jogos com prorrogação e o uso de vídeos pela arbitragem.

    O ex-árbitro José Roberto Wright disse ter achado "uma pena" a proposta da quarta substituição não ter sido aprovada no congresso.

    "O ganho técnico é indiscutível. Já o uso de tecnologia foi bem avaliado. A aplicação tem alto custo, algo em torno US$ 150 mil por jogo. Difícil imaginar o uso quando for uma partida sem os grandes ou por um torneio de menor relevância", afirma.

    Para alterar uma regra, a proposta precisaria ter, no mínimo, seis votos do colégio –a votação não é divulgada.

    Na reunião, foi decidido que não há, por ora, perspectiva de os árbitros serem ajudados por replays de vídeos para solucionar lances polêmicos dentro de campo.

    Segundo o órgão, é necessário obter mais informações sobre a tecnologia antes de o jogo sofrer tamanha influência. A Federação Holandesa, por exemplo, já realiza alguns testes. E o assunto deve voltar à discussão em 2016.

    Os membros da International Board são cautelosos sobre a adoção da medida, mesmo que o uso de vídeo para ajudar a arbitragem seja uma das bandeiras de Joseph Blatter, presidente da Fifa.

    Para o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, a adoção do vídeo pelos árbitros "seria a maior decisão já tomada na história do futebol".

    Outra proposta rejeitada foi a quarta substituição em jogos que fossem para a prorrogação. "A International Board mantém a posição de que três substituições são adequadas", afirmou o chefe executivo da Federação Irlandesa, Patrick Nelson.

    OUTRAS MEDIDAS

    A International Board aceitou discutir a chamada "punição tripla" –quando o jogador comete pênalti, é expulso e suspenso do jogo seguinte– e autorizou os comitês disciplinares da Fifa a rever a suspensão automática.

    O congresso também aprovou o uso de chips de monitoramento do rendimento dos atletas (movimentação, temperatura e batimento cardíaco), desde que os dados só sejam utilizados após os jogos.

    Paul Faith/AFP
    Congresso anual da International Football Association Board, órgão responsável pelas regras do futebol
    Congresso anual da International Football Association Board, órgão responsável pelas regras do futebol
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