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    Vetado, replay para lances polêmicos no futebol agrada técnicos brasileiros

    MARINA GALEANO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    02/03/2015 12h00

    Junior Lago/UOL
    O técnico Muricy Ramalho durante uma partida pela Libertadores
    O técnico Muricy Ramalho durante uma partida pela Libertadores

    O uso do recurso de vídeo para tirar dúvidas em lances polêmicos no futebol e a introdução de uma quarta substituição em jogos decididos na prorrogação foram propostas rejeitadas no congresso da International Football Association Board -órgão responsável pelas regras do futebol-, no sábado (28).

    A decisão não foi correta na avaliação de alguns técnicos no Brasil. Oswaldo de Oliveira, do Palmeiras, Muricy Ramalho, do São Paulo, e Paulo Roberto Falcão, atualmente sem clube, afirmaram à Folha que são favoráveis a mudança e esperam que elas sejam consideradas novamente.

    A principal defesa é que o recurso de vídeo tornaria o futebol a prova de erros, evitando injustiças, e a quarta alteração ajudaria a manter o nível técnico em situações em que há muito desgaste.

    "As câmeras de vídeo para esclarecer lances decisivos é algo para ser pensado. O custo deve ser um dificultador, mas o recurso trará um ganho para as partidas. Muitas vezes vemos discussões sobre situações que mudam a história do jogo. isso seria evitado", diz Falcão.

    O ex-jogador de Internacional, Roma e São Paulo, crê que até mesmo o custo possa ser estudado para não inviabilizar o recurso.

    À Folha, o ex-árbitro José Roberto Wright afirmou que o custo por partida para introdução de tecnologia é de US$ 150 mil.

    O argumento de Falcão não é diferente do pensam Muricy e Oswaldo.

    "Sempre teve uma demora nas decisões que mexem no regulamento. Leva um tempo para amadurecer. Haja visto o caso do chip na baliza para ver quando a bola entra. Foi preciso vários gols em Copa para autorizar o uso. É aquela história, água mole em pedra dura. Vai acabar acontecendo", diz Oswaldo.

    "Vai chegar uma hora que vão acabar aceitando. É a evolução do mundo, a evolução tecnológica, não tem como segurar", completa.

    Ernesto Rodrigues/Folhapress
    O ex jogador Paulo Roberto Falcão
    O ex jogador Paulo Roberto Falcão

    QUARTA SUBSTITUIÇÃO

    O grupo não tem a mesma opinião sobre a quarta substituição.

    Falcão é favorável ao uso em jogos que sejam definidos na prorrogação.

    "É visível que o desgaste de uma partida é grande. Dependendo da temperatura e das condições do estádio, o nível técnico sofre uma grande queda. É uma medida que tem de ser incorporada quando a partida tem 210 minutos de duração", diz Falcão.

    Já Muricy acha que deveria valer para os jogos que duram 90 minutos.

    O técnico são-paulino defende que isso traria uma evolução tática ao futebol mundial, possibilitando não só manter o time com bom nível físico, mas também dando opção de mudança tática.

    Tese similar a de Oswaldo de Oliveira.

    "Especialmente no Brasil por dois fatores: primeiro a temperatura, segundo a seqüência de jogos que o calendário nos obriga a fazer", avalia.

    Apu Gomes/Folhapress
    O técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira
    O técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira

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