Inaugurado nesta terça-feira (3), o novo Núcleo de Alto Rendimento (NAR) de São Paulo já despertou o interesse de uma potência olímpica.

A China mostrou a intenção de utilizar o centro de ciência do esporte antes dos Jogos do Rio. As conversas, porém, não avançaram.

"A China nos procurou, mas não vão utilizar nossas instalações. Nós queremos ser um centro para o Brasil", afirmou o diretor técnico do NAR, Irineu Loturco.

Não há custo para os esportistas de alto rendimento usarem o NAR porque, além de ser mantido por um instituto, ele conta com patrocínios.

"Felizmente vamos ter vários eventos-testes no Rio a partir do segundo semestre. Já falei com o COB [Comitê Olímpico do Brasil] que nossa ideia é trazer alguns atletas internacionais para a troca de conhecimento", disse o empresário João Paulo Diniz, idealizador no núcleo ao lado do pai, Abilio Diniz, e de Irineu Loturco.

"Pode acontecer de ter alguma parceria para a Olimpíada, mas vamos dar prioridade para os atletas brasileiros", completou João Paulo.

Os chineses também negociam com o clube Pinheiros e com o Centro Olímpico da Prefeitura de São Paulo. Nos últimos Jogos Olímpicos, a delegação chinesa teve cerca de 500 atletas e conquistou 88 medalhas em Londres.

INAUGURAÇÃO

O NAR foi aberto em 2011. Em 2014, passou a ser mantido pelo Instituto Península, braço de investimento social da família Diniz, que investiu cerca de R$ 15 milhões na nova sede -um terreno cedido pela Prefeitura de São Paulo, com 20 mil m² (o equivalente a dois campos de futebol). O contrato é válido por 5 anos.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, esteve na inauguração e elogiou a parceria com o NAR. "Sempre que o Brasil vai bem na Olimpíada é porque São Paulo se saiu bem. Aqui vai ser um centro de excelência para o Brasil", afirmou.