• Esporte

    Saturday, 18-May-2024 10:13:11 -03

    Cor do uniforme do Orlando City foi pensada para atrair brasileiros

    LUIZ COSENZO
    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    08/03/2015 02h00

    Reprodução/Facebook/OrlandoCitySC
    O brasileiro Kaká entra em campo pelo Orlando City
    O brasileiro Kaká entra em campo pelo Orlando City

    A contratação do meia Kaká não é o único passo do Orlando City para cativar os torcedores brasileiros. O clube pensou até na cor da camisa para conseguir o objetivo.

    Ao ser fundado em 2010, o uniforme da equipe tinha a cor vermelha. O roxo e o branco eram secundários. Desde 2013, quando o brasileiro Flávio Augusto da Silva, 43, se tornou proprietário do time, o roxo passou a ser predominante no uniforme.

    "Quando decidimos pela cor roxa foi por entendê-la como uma cor neutra. Nenhum grande clube do Brasil tem essa cor no uniforme. Não haveria resistência. Por isso, roxo é nossa cor principal", diz o carioca admitindo que uma das metas do clube é ser o segundo time de cada brasileiro.

    Para a ideia vingar, Silva sabe que é necessário ter resultados expressivos. "Como é o nosso primeiro ano, esperamos ter uma participação relevante. Temos muito o que aprender, mas queremos chegar nos playoffs, que correspondem às quartas de final. Nosso projeto é disputar o Mundial de Clubes em três anos", diz.

    O investimento em Kaká já ajudou. Ele é o jogador mais famoso do clube e a presença dele fez todos os ingressos para a estreia do time contra o New York City, no domingo (8), esgotarem rapidamente.

    A equipe também comercializou 14 mil season tickets (pacote de ingressos para toda a temporada),que variam de 450 a 1.400 dólares.

    "Kaká é o nosso embaixador nos EUA e em todos os continentes. Ele movimenta a cidade. As pessoas estão entusiasmadas nas ruas. Fechamos dezenas de patrocinadores. Ele é a figura central de nossa estratégia", diz Silva.

    O orçamento do clube americano com futebol é de 11 milhões de dólares (R$ 32 milhões) por ano.

    Mark Thor
    O empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva, dono do Orlando City, durante cerimônia
    O empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva, dono do Orlando City, durante cerimônia

    EMPREENDEDOR

    O brasileiro dono do Orlando City é torcedor do Flamengo e o envolvimento com futebol surgiu quando morou nos EUA, entre 2009 e 2012. Na época, acompanhava o filho em treinos e jogos e viu o envolvimento do americano pelo esporte.

    "Vi que era um público muito grande. Muitos pais, mães, famílias, irmãos. O futebol era algo muito relevante nos EUA", diz.

    O retorno que obteve ao vender a escola particular de inglês formada por ele em 1995 possibilitou que Silva comprasse o Orlando City.

    Ele recebeu quase R$ 1 bilhão pela operação ainda no início de 2013. Estudou o futebol nos EUA e conseguiu virar dono do clube no final daquele ano.

    "Quando comprei o clube, ele estava numa segunda divisão. Adquiri com o objetivo de levar para o MLS [como é chamada a elite da liga], o que exigia um investimento muito maior".

    Hoje, Silva está satisfeito com o investimento, coroado com a vinda de Kaká. Assim, o Orlando ganhou projeção.

    "Tenho relacionamento com o Kaká há quatro anos. Ele foi garoto propaganda da minha escola. O perfil dele como atleta corresponde ao que os americanos gostam".

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024