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    Após vitória na Austrália, Toledo sonha com título e casa na Califórnia

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    16/03/2015 12h00

    Antes mesmo do título na primeira etapa do Mundial de surfe, o brasileiro Filipe Toledo, 19, já estava com a cabeça em saltos mais altos dos que os aéreos que consegue dar com a prancha.

    Caçula entre os 34 surfistas da elite, o atleta de Ubatuba (SP) disse à Folha que sempre falou para o pai -o bicampeão brasileiro (1991 e 1995) Ricardo Toledo- que seria campeão mundial.

    Por e-mail, da Austrália, Filipinho revela o sonho e um pouco de sua fé -as cinco palavras que escreve apenas com letras maiúsculas nas respostas são quatro referências a Deus e uma à oração.

    Nestas palavras, ele também abusa das exclamações como faz nas manobras que o levaram ao título em Gold Coast na última sexta (13).

    *

    Folha - Você foi a primeira pessoa a abraçar Gabriel Medina quando ele ganhou o título no Havaí, ano passado. Aquele momento teve algum significado especial para você?
    Filipe Toledo - Foi muito especial aquele momento! Gabriel é meu amigo e esperamos por este título há muito tempo. E estar ao lado dele justamente naquela hora foi mágico. Ficará na história! Acredito nos planos de Deus para a minha vida, que são diferentes dos planos pra vida do Gabriel. Mas sigo meu caminho em busca do meu sonho até que alcance!

    Neste seu terceiro ano na elite, o que mudou?
    Mais experiência, confiança, ganhando maturidade. Preparando o caminho.

    Antes do resultado em Gold Coast, você acreditava que podia ser campeão Mundial?
    Eu sempre acreditei! Quando era pequeno, disse ao meu pai que queria fazer parte da elite do surfe e queria ser campeão mundial. E aqui estou eu.

    Depois do título desta etapa, acredita que pode ser campeão mundial em 2015?
    Começar o ano bem é meio caminho andado! Chegar a uma vitória não é nada fácil, ainda por cima na primeira etapa. Então isso dá uma certa tranquilidade para continuar sonhando.

    Você já se considera o principal rival de Gabriel Medina na disputa pelo título neste ano?
    Todos são candidatos! Estamos apenas começando o ano, mas existem alguns que são mais focados. O Mick [Fanning, 33] é um deles.

    O que seu pai falou para você antes e depois da final?
    Sempre oramos antes das baterias! Minha mãe, ele ou mesmo sozinho oro e peço à Deus que faça a vontade Dele em minha vida, sempre! Me motivou e falou que eu não estava ali a toa, que tinha muito potencial e que era um escolhido de Deus!

    O que você vai fazer com os US$ 100 mil [R$ 320 mil] que ganhou de prêmio?
    Já tinha ganho o US Open na Califórnia em 2014, evento que paga a mesma quantia. Na verdade, todos os prêmios têm suas taxas, então nunca é aquilo que você recebe (risos).... Mas estou querendo comprar minha casa na Califórnia, e isso vai me ajudar em mais este sonho.

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