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    Muricy fará alerta para jogadores sobre árbitro 'algoz' de Luis Fabiano

    RAFAEL VALENTE
    DE SÃO PAULO

    18/03/2015 12h00

    Ricardo Nogueira -07.mar.2013/Folhapress
    O atacante Luis Fabiano (dir.) reclama com o árbitro colombiano Wilmar Roldán no empate do São Paulo com o Arsenal de Sarandí por 1 a 1, no Pacaembu
    O atacante Luis Fabiano (dir.) reclama com o árbitro colombiano Wilmar Roldán no empate do São Paulo com o Arsenal de Sarandí por 1 a 1, no Pacaembu, em jogo da fase de grupos da Libertadores-2013

    Antes de os jogadores do São Paulo entrarem no gramado do Morumbi nesta quarta-feira (18) para encarar o San Lorenzo, da Argentina, o técnico Muricy Ramalho vai reuni-los no vestiário por alguns minutos para falar do árbitro do confronto pela Copa Libertadores, o colombiano Wilmar Roldán.

    Uma orientação será repetida exaustivamente pelo treinador: "nada de reclamar do apito".

    É uma tradição Muricy falar algumas palavras sobre o árbitro da partida antes de cada confronto, mas dessa vez a preocupação é maior. O motivo? Roldán.

    Aos 35 anos, o colombiano tem a imagem de um árbitro enérgico e, especialmente, polêmico. Na bagagem dele, estão as decisões das Libertadores de 2012 (Corinthians x Boca Juniors, no Pacaembu) e 2013 (Atlético-MG x Olimpia, no Mineirão), além de participações na última Copa do Mundo.

    É respeitado dentro da Conmebol, entidade que organiza o futebol na América do Sul, e por isso escalado para os jogos considerados importantes. A presença dele não agradou diretores do São Paulo, segundo a Folha apurou. Mas os cartolas preferiram aguardar o jogo e não formalizar nada.

    O último jogo que ele apitou do São Paulo na Copa Libertadores não traz lembranças agradáveis aos tricolores.

    Foi em 7 de março de 2013, quando o time recebeu o Arsenal de Sarandí, no Pacaembu, pela terceira rodada do Grupo 3. A expectativa é que a equipe dirigida por Ney Franco vencesse e eliminasse o rival de forma antecipada.

    Não foi o que ocorreu.

    O São Paulo empatou por 1 a 1, em um jogo que foi pressionado pela torcida e ouviu gritos de "raça, raça" das arquibancadas.

    As polêmicas com Roldán começaram quando ele assinalou pênalti para o Arsenal, aos 3 min do segundo tempo. O lance foi contestado pelos tricolores porque a bola bateu no braço do lateral Cortez de forma involuntária após um cruzamento na área. Nada feito. Pênalti foi mantido e convertido.

    O goleiro Rogério Ceni e o atacante Luis Fabiano, que ainda estão no elenco são-paulino, foram os que mais reclamaram com Roldán.

    A irritação do time aumentou a cada falta cometida por um adversário e ignorada ou não advertida com cartão pelo árbitro.

    Ao final do duelo, os jogadores do São Paulo cercaram o colombiano. Luis Fabiano estava na roda. Fez duras críticas e foi expulso.

    A versão dada pelo atacante foi a de que foi contestar o pouco tempo de acréscimo, mas o árbitro foi rigoroso. O camisa 9 também acusou os adversários de racismo.

    "O juiz estava estranho, falando que ia me tirar do jogo. Os jogadores [do Arsenal] me chamaram de macaquito várias vezes, mas eu não seria idiota de insultar o juiz, isso está claro", disse o atacante, na época.

    O prejuízo foi grande. Luis Fabiano foi suspenso por quatro partidas e só retornou no segundo jogo das oitavas de final, contra o Atlético-MG –derrota por 4 a 1. Ainda foi multado em US$ 5.000 pela Conmebol.

    A direção são-paulina formalizou uma reclamação após o jogo, mas como a vida do São Paulo foi curta no torneio não teve repercussão. Hoje, será difícil encontrar um dirigente tricolor que não esteja minimamente preocupado.

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