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    Brasil mira mais medalhas em 2016, mas está aquém de padrão 'top 10'

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    24/03/2015 02h00

    Em um retrato deste momento, a 500 dias da abertura dos Jogos Olímpicos, o desafio de conduzir a equipe brasileira ao "top 10" do quadro de medalhas da Rio-2016 se revela aposta de risco.

    Levar o país a esse grupo de elite, os dez melhores da Olimpíada, foi uma meta lançada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em 2010.

    Se o evento começasse hoje, porém, o país estaria abaixo da nota de corte histórica no que diz respeito a conquistas e, sobretudo, a modalidades com chances de pódio.

    Em que pese o investimento feito pelo COB (mais de R$ 700 milhões) e pelo governo federal (cerca de R$ 1,5 bilhão), o Brasil ainda não tem a variedade competitiva mostrada por outras potências.

    Nas últimas três edições dos Jogos, para um país alcançar a décima colocação, precisou ter entre 27 e 30 medalhas, distribuídas entre 12 e 15 modalidades.

    O Brasil jamais chegou a esses números. Em toda a sua trajetória olímpica, iniciada em 1920, ostenta láureas somente em 14 modalidades.

    O ápice em conquistas ocorreu em Londres-2012. Foram 17 medalhas em nove disputas, o que deixou o país em 16º lugar. Ou seja, seria necessário um salto de ao menos dez conquistas e um acréscimo de, ao menos, três esportes com boas chances.

    Editoria de arte/Folhapress

    Nos dois primeiros anos deste ciclo olímpico (2013 e 2014), o país ficou dentro da meta traçada em 2013, quando teve 27 medalhas em Mundiais ou equivalentes, mas em 13 modalidades.

    Mas em 2014 houve recuo. Atletas de 11 modalidades foram a pódios relevantes ou ficaram nas três primeiras posições de seus rankings.

    "Nós não temos nem gordura nem estamos no limite. Estamos dentro do plano", afirma Jorge Bichara, gerente de performance do COB.

    Se pairam dúvidas sobre a chance de o Brasil chegar ao "top 10", é muito provável que o país apresente evolução em relação a 2012.

    Novidades têm surgido em esportes sem tradição, como Marcus Vinicius d'Almeida (tiro com arco) e Aline Silva (luta olímpica), além do handebol feminino.

    Todos ficaram entre os três primeiros em competições importantes que servem como preparativos dos Jogos.

    "Nós entendemos que é necessário ter uma média de 13 a 14 modalidades medalhando. Temos esse histórico? Não, é de 8. Mas nos últimos dois anos chegamos a números que indicam estarmos no caminho", disse Bichara.

    Em geral, o país-sede tende a ampliar seu número de pódios. A China saltou de 63 conquistas em Atenas-2004 para cem em Pequim-2008. Já o Reino Unido avançou de 47 em 2008 para 65 na edição seguinte, em casa.

    A REBOQUE

    Sem a massificação de outros esportes, o COB aposta nos carros-chefes de sempre.

    Hoje, seriam cerca de dez modalidades com chances reais em 2016. A grande aposta é o judô, que, historicamente, é o esporte mais prolífico, com 19 pódios.

    "O COB já disse que espera cinco, seis medalhas do judô, mas não é tão simples assim. Para ter cinco medalhistas, preciso ser competitivo em dez categorias [o judô tem 14] e isso é muito", Ney Wilson, gestor técnico da Confederação Brasileira de Judô.

    Colaborou SÉRGIO RANGEL, do Rio

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