Os testes da pré-temporada já eram um indício, mas só depois de um bom final de semana no GP da Austrália, prova que abriu o Mundial de F-1 deste ano, a Williams respirou aliviada –Felipe Massa e Valtteri Bottas se classificaram em terceiro e sexto e o brasileiro completou a prova na quarta colocação –o companheiro não correu porque lesionou as costas.

Após o sucesso no fim dos anos 90, quando conquistou seus últimos dois campeonatos de construtores, a equipe inglesa passou a alternar bons e maus momentos na categoria.

E, depois de um destes "baixos" em 2013, quando terminou o campeonato na nona colocação com apenas cinco pontos conquistados e na frente somente das nanicas Marussia e Caterham, o time passou por uma grande reformulação qus surtiu efeito logo no ano seguinte.

Após a chegada de nomes como o diretor técnico Pat Symonds, o engenheiro Rob Smedley e Massa, entre outros, a Williams fechou a temporada de 2014 com a terceira colocação e como a segunda força do campeonato, atrás apenas da Mercedes.

Segundo Claire Williams, chefe da equipe, tamanho salto foi surpresa até mesmo para os membros do time.

"De fato não esperávamos tal nível de transformação. Sabíamos que tantas mudanças e que o trabalho que estávamos fazendo traria mudanças, mas não imaginava que pularíamos de nono para terceiro no campeonato. A sexta posição era mais ou menos nosso objetivo", afirmou a dirigente.

E, após o bom início de ano que teve em Melbourne, Claire acredita que a fase de altos e baixos enfim chegou ao fim.

"Esta é a consistência que precisávamos. Não queríamos que o ano passado fosse apenas um flash, queremos resultados consistentes. Pelo trabalho que temos feito já imaginávamos que este não seria um ano ruim e que cresceríamos em cima do que foi feito em 2014", disse.

"As mudanças que fizemos no ano anterior foram tão boas que não tivemos que mudar muita coisa no fim do ano passado. As pessoas que trouxemos se ajustaram bem e o fato de ter estabilidade dentro do time é mais um ponto positivo para nós."

Para Smedley, além do bom desempenho do time na Austrália, as características do circuito de Sepang, onde neste domingo será disputado o GP da Malásia, às 3h (de Brasília), devem ajudar ainda mais a Williams neste começo de campeonato.

"Depois do bom início, vamos para a Malásia em condições de marcar pontos com os dois carros. Temos trabalhado bastante em várias áreas de performance para diminuir a desvantagem que tivemos na Austrália", afirmou o engenheiro.

O primeiro treino livre em Sepang acontece na noite desta quinta, a partir das 23h (de Brasília).