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    Sobrevivente do sub-20 diz que Brasil precisa de força para melhorar base

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A VITÓRIA

    24/03/2015 14h57

    Divulgação/CBF
    O atacante Marcos Guilherme, com a seleção olímpica brasileira
    O atacante Marcos Guilherme, com a seleção olímpica brasileira

    Somente um jogador sobreviveu à campanha ruim da seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria, em janeiro, no Uruguai, e está na seleção olímpica (sub-23) que fará dois amistosos esta semana.

    Marcos Guilherme, 19, atacante do Atlético-PR disse que o futebol brasileiro, principalmente o de base, precisa aprender a usar a força para ser mais competitivo.

    "O futebol mudou bastante, está muito competitivo e não tem mais jogo fácil. Qualquer time de qualquer país dificulta, com jogo de marcação e força. Temos que entrar nesse contexto também, os times sul-americanos têm muita marcação, é isso que temos que mudar. Não jogar o tempo todo com a bola, ter também essa força, essa marcação, se conseguirmos mudar esse pensamento vamos ter melhores resultados", disse Marcos Guilherme.

    Ele foi o destaque de um time que terminou apenas em quarto lugar no Sul-Americano, perdendo jogos para Argentina, Uruguai e Colômbia. Se classificou para o Mundial da Nova Zelândia, que será entre maio e junho, com a última vaga, o que gerou uma reformulação quase total no departamento de base da CBF.

    Alexandre Gallo, que acumulava o cargo de coordenador e de técnico dos times olímpico e sub-20, perdeu a coordenação, que está agora com Erasmo Damiani, executivo que trabalhava no Palmeiras.

    Gallo permenceu como treinador, mas a CBF trocou toda sua comissão técnica, colocando como auxiliar, por exemplo, André Luis Ferreira, que é próximo ao coordenador de seleção, Gilmar Rinaldi, e ao técnico da seleção principal, Dunga.

    "Ainda não conhecemos os novos integrantes [da comissão técnica], mas quando o resultado não vem é natural que aconteçam mudanças. Tenho certeza que essas mudanças vão dar resultado, sim", disse o meia-atacante.

    Pablo Porciuncula - 7.fev.2015/AFP
    O atacante Marcos Guilherme domina a bola em jogo da seleção sub-20 contra a Colômbia
    O atacante Marcos Guilherme domina a bola em jogo da seleção sub-20 contra a Colômbia

    Marcos Guilherme acha que o principal problema no Sul-Americano foi não ter conseguido superar a forte marcação dos rivais, e diz que na seleção olímpica essa situação será minimizada porque são jogadores mais experientes convocados, com até 22 anos neste momento.

    "Essa experiência será importante para mim também", disse.

    Destaque dentro de campo com quatro gols (foi o artilheiro do Brasil), Marcos Guilherme também sofreu com racismo. Ele acusou o uruguaio Facundo Castro de tê-lo chamado de macaco e, depois, de torcedores também gritarem cantos racistas contra os brasileiros.

    "Está superado", se limitou a dizer o brasileiro.

    O Brasil olímpico enfrenta na sexta (27) o Paraguai sub-23, em Cariacica, região metropolitana de Vitória-ES às 21h30,, e no domingo o México sub-23, em São Luis-MA, às 17h.

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