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    O Palmeiras está maduro para vencer um clássico, diz Zé Roberto

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    25/03/2015 02h00

    Nesta quarta (25), às 22h, o Palmeiras vai disputar seu terceiro clássico no ano, contra o São Paulo, em casa.

    Das partidas anteriores contra dois de seus grandes rivais -contra o Corinthians, em 8 de fevereiro, e o Santos, há duas semanas, o time saiu derrotado.

    "A chance de vitória é maior. O Palmeiras agora está maduro para um clássico."

    Quem faz essa afirmação entende do time do Palmeiras assim como sabe o que é a maturidade.

    Aos 40 anos, o lateral esquerdo Zé Roberto vê a nova formação da equipe com bons olhos. "O torcedor têm perspectiva de que esta equipe pode conquistar títulos. Por isso comparece tanto aos jogos", diz ele, que também é capitão do time.

    Em entrevista à Folha na véspera do clássico, o veterano, que nem pensa em se aposentar, fala sobre a defasagem do Brasil em relação ao futebol europeu, de Rogério Ceni e Alexandre Pato, rivais na noite desta quarta, e até das manifestações políticas.

    *

    CLÁSSICO

    Zé Roberto acredita que, contra o São Paulo, o Palmeiras, está, enfim, pronto para vencer um clássico neste ano.

    "A equipe está madura. Estamos focados há uma semana neste jogo, mesmo tendo enfrentado o São Bernardo no fim de semana", diz. "Virão jogos mais importantes, nas próximas fases, mas este jogo também tem bastante peso."

    O NOVO ANIMAL

    "A relação deste time com a torcida é muito boa", diz o lateral. "Eles estão nos abraçando muito", afirma.

    Um dos mais queridos do elenco, foi apelidado de Animal pela torcida, como aconteceu com o ídolo Edmundo nos anos 90 e em 2006.

    "Até chegar aqui, em 20 anos de carreira, a torcida do Grêmio era aquela com quem eu tinha me identificado mais rapidamente. Mas aqui, foi mais rápido ainda. Fiquei surpreso com esse carinho todo."

    LIDERANÇA

    Ele não se considera o único líder do elenco. "Estou com a tarja de capitão, mas divido a liderança com Prass, Valdivia e Rafael Marques."

    "O Oswaldo me escolheu, mas outros também poderiam", afirma. Para ele, o mais importante é ser exemplo para os atletas mais jovens.

    "Eu tive os meus exemplos, como o Capitão, na Portuguesa, e o Hierro, no Real Madrid. Sempre os observava, me espelhava neles", diz.

    Capitão, como não poderia deixar de ser, era o capitão da Portuguesa quando Zé Roberto foi promovido aos profissionais, em 1994.

    Já o espanhol Fernando Hierro jogou pelo Real Madrid entre 1989 e 2003 e foi companheiro de Zé Roberto nos anos de 1997 e 1998.

    CUIDO DO MEU CORPO

    "Se 2015 for tão bom quanto 2014, como eu projeto que vá ser, vou jogar no ano que vem", diz o lateral, cujo contrato com o Palmeiras vai até o final deste ano.

    "Cuido muito do meu corpo. Aprendi na Alemanha a ser atleta em tempo integral porque meu corpo é meu instrumento de trabalho. Treino do mesmo modo que os mais jovens porque me preparei para isso", afirma.

    "Mas creio que só estou jogando em alto nível aos 40 porque passei a maior parte da carreira fora do Brasil. O calendário aqui abrevia a carreira dos jogadores", diz.

    ROGÉRIO CENI E PATO

    Ele faz comentários sobre dois dos principais jogadores do São Paulo, que estarão em campo nesta noite.

    "O Pato tem muito potencial e vai crescer mais", diz. "Mas precisa de foco, de sequência em um time. Se conseguir isso, vai ser ainda mais brilhante, tanto na seleção, quanto no São Paulo", afirma.

    "O Rogério é uma referência no futebol mundial, um cara que ama o que faz."

    POLÍTICA

    "Acho muito bom que a população esteja indo às ruas protestar e reivindicar os seus direitos", diz. "Quando você mora fora do Brasil, a dimensão do nosso atraso como país fica muito evidente."

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