• Esporte

    Thursday, 02-May-2024 14:18:56 -03

    Ao contrário de Oswaldo, Rafael Marques diz não ser craque

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    27/03/2015 02h00

    Em entrevista à Folha nesta quinta (26), Rafael Marques, 31, discordou modestamente do técnico Oswaldo de Oliveira com relação à qualidade do seu futebol.

    "Eu não me considero craque, não. Mas se ele disse que eu sou...", disse o artilheiro do time no Paulista, sobre o elogio feito após a vitória sobre o São Paulo por 3 a 0, na noite de quarta-feira (25).

    Ele tem quatro gols no torneio, assim como Robinho.

    Rafael nem viu que horas eram quando, finalmente conseguiu pegar no sono, na madrugada de quinta.

    "A adrenalina estava a milhão. Fiquei trocando mensagem com os amigos, recebendo parabéns e agradecimentos", contou o palmeirense.

    Contudo, esta não foi a primeira vez que Rafael se destacou em um clássico.

    "Pelo Botafogo, houve duas vezes. Em um jogo contra o Vasco que vencemos por 3 a 2 no Campeonato Brasileiro de 2013, também marquei duas vezes. Fora o gol na final do Carioca daquele ano, que também foi meu, contra o Fluminense", relembra-se.

    Ele tem atuado por vezes no meio e outras no ataque.

    Veja vídeo

    Contra o São Paulo, por exemplo, jogou na linha de três homens de meio-campo, ao lado de Dudu e Robinho.

    "Aprendi a jogar assim no Japão", conta. "Lá, a obediência tática é muito enfatizada e acabei por aprender a jogar pelos lados do campo", diz.

    Quando surgiu no Palmeiras, porém, com o apelido de "linguiça" –por ser muito alto e magro–, Rafael era um centroavante típico, daqueles que pouco saem da área para buscar jogo.

    Daquela primeira passagem pelo clube que chama de casa, Rafael lembra-se da semifinal do Campeonato Paulista de 2004, quando foi titular no lugar de Vagner Love, que estava suspenso.

    "Claro, me lembro daquele gol que perdi. Quer dizer, que o lateral deles [Paulista de Jundiaí] salvou."

    "Eu até tive chances no Palmeiras. Mas era muito inexperiente", diz. O time comandado por Jair Picerni e que tinha Pedrinho, Nen e o lateral Lúcio acabaria eliminado do torneio, vencido pelo São Caetano de Muricy Ramalho.

    Rafael sempre pensou em voltar ao Palmeiras.

    "Sabia que as coisa seriam diferentes quando eu tivesse mais rodagem", conta. "Por mim, pretendo ficar no clube por muito tempo, não quero voltar ao Japão", diz o jogador, emprestado até o fim do ano pelo Henan Jinaye (JAP).

    Da Turquia, porém, onde ficou por quatro anos, o jogador, casado há oito com Carla e pai de Natália, 6, tem boas lembranças.

    Jogando pelo Manisaspor (TUR), chegou a se naturalizar turco. Recebeu o nome de Rafet El Marques.

    "O técnico da seleção [Fatih Terim] queria me convocar para substituir o Hakan Sukur, centroavante que estava para se aposentar", conta. O chamado, porém, não veio. Se tivesse vindo, talvez a sorte são-paulina na quarta (25) tivesse sido melhor.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024