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    Nobre promete título até 2016 e vê Palmeiras refém de construtora

    ALEXANDRE DE AQUINO E LUÍS ANDRÉ ROSA
    DO "AGORA"

    06/04/2015 02h00

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Paulo Nobre durante entrevista
    Paulo Nobre durante entrevista

    Paulo de Almeida Nobre, 47, passou todos os tipos de dissabores em seu primeiro mandato à frente do Palmeiras e quase terminou a gestão como o presidente que deixou o time ser rebaixado pela terceira vez, justamente no ano do centenário.

    Reeleito antes de escapar da degola, o cartola rapidamente conseguiu reacender o ânimo dos torcedores.

    Paulo Nobre conta como alavancou o programa de sócio-torcedor Avanti,que já tem mais de 100 mil sócios meta era atingir essa marca no final deste ano–, e usou a paixão do palmeirense para ajudá-lo a montar um elenco que, segundo o cartola, é capaz de fazer frente a qualquer adversário. Ele projeta, inclusive, ganhar títulos durante seu mandato, até o fim de 2016 –a última conquista do clube na elite foi a Copa do Brasil-2012.

    Construtora manda

    "Sim, o Palmeiras é refém da WTorre. Pelo que está assinado, se tiver um show, o show tem a prioridade aos jogadores. Aí o Palmeiras tem que jogar fora do Allianz e a WTorre paga uma multa. E não tem o que concordar ou deixar de concordar, isso já está assinado. Não fico discutindo o sexo dos anjos."

    Sócio-torcedor

    "No ano passado, a gente recebeu em torno de R$ 10 milhões e, neste ano, a expectativa é ganhar mais de R$ 20 milhões. É comparável a um patrocínio principal. Queremos que o valor líquido recebido chegue a R$ 25 milhões."

    Importância da torcida

    "O palmeirense é um consumidor por natureza. O importante é você arrumar um bom produto e que o torcedor acredite que [o valor gasto] vai ser revertido para aquilo que ele acha que é o mais importante, o futebol. O sócio-torcedor não fica feliz em gastar dinheiro, mas fica orgulhoso de ver o time indo bem. Bate no peito e fala: 'Eu tenho a minha cota de colaboração nisso.'"

    Preço do ingresso

    "O ingresso é caro porque o time é caro e porque eu tenho que pensar em 16 milhões de torcedores que têm de estar contentes com o time, consumindo, gerando recursos para eu manter o clube. A renda com ingressos é uma fonte tão boa quanto a televisão."

    Risco da arena

    "As pessoas acham linda a arena. Só que se eu não conseguir de R$ 700 mil a R$ 750 mil de renda, eu pago para jogar. É lindo ver que dá uma renda de R$ 2 milhões. Só que o dia em que der uma renda de R$ 500 mil, que no Pacaembu sobravam R$ 200 mil ou R$ 250 mil, eu terei de pagar esse mesmo valor. O custo fixo é altíssimo."

    Quase rebaixado

    "Não consegui assistir ao segundo tempo de Palmeiras e Atlético-PR [1 a 1, pela última rodada do Brasileiro-2014]. Fui para um canto do vestiário e fiquei rezando. Quando o jogo do Santos acabou [vitória por 1 a 0 sobre o Vitória, que salvou o time do rebaixamento] levantei e estava com a camisa molhada. Cumprimentei os jogadores, reuni o pessoal e falei: 'Em 2015, tudo será diferente, nunca mais vou passar por isso novamente.'"

    Títulos

    "Acredito que o Palmeiras consiga ser competitivo nos três campeonatos que disputa neste ano, com chance de ganhar. Vendo essa evolução acontecendo, é natural que entre 2015 e 2016 a gente ganhe um título. Pode ser que ganhe antes, pode ser que ganhe tudo ou um só."

    Editoria de Arte/Folhapress

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