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    Empresário que vendeu imóvel para Del Nero organiza viagens de times

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    16/04/2015 02h00

    O empresário Wagner Abrahão, que vendeu um imóvel de luxo para Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, teve vários negócios com a entidade e já teve o passaporte apreendido na França na Copa de 1998.

    Empresas de Abrahão são responsáveis por transportar a seleção brasileira e times que participam de competições organizadas pela confederação.

    Em novembro, a CBF entregou a ele a administração do moderno museu da entidade. O valor do negócio não foi informado.

    Ele também vendeu os ingressos corporativos da Copa de 2014. Só com os bilhetes, a empresa administrada por Abrahão estimava arrecadar cerca de R$ 320 milhões.

    O empresário foi um dos mais fiéis aliados de Ricardo Teixeira, ex-presidente da entidade. Ele viajou de jatinho com o cartola para Miami logo após a renúncia do dirigente em 2012.

    Naquele ano, a Folha revelou que quatro empresas de Abrahão foram indicadas pela CBF como beneficiárias de contrato de patrocínio da seleção com a TAM para viagens.

    Após a reportagem, o contrato foi cancelado pela companhia aérea. No ano seguinte, a Gol assinou com a CBF. Abrahão participou da negociação.

    Em 2001, a CPI do Futebol investigou uma das agências dele, a SBTR. De acordo com a CPI, a empresa de Abrahão praticava tabela com tarifas cheias, sem desconto, em viagens da seleção pagas pela CBF.

    Segundo os senadores, não havia notas fiscais referentes às passagens compradas com a agência, que totalizaram R$ 31 milhões.

    O relatório final da CPI foi enviado ao Ministério Público e gerou dez inquéritos federais. A Polícia Federal recomendou o arquivamento de todos eles.

    Antes, na Copa de 1998, Abrahão teve o passaporte apreendido na França, acusado por agências de turismo de lesar centenas de brasileiros.

    Naquele ano cerca de mil torcedores ficaram de fora da final, apesar de terem pago pelos ingressos.

    Na França, Abrahão teve de pagar multa para deixar o país. Anos depois, o caso foi arquivado na Justiça francesa. No Brasil, foi processado por agências de turismo, mas fez acordos para encerrar os casos.

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