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    Dólar alto leva natação do país a cortar idas aos EUA

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    18/04/2015 02h00

    A alta do dólar, associada à crise econômica no país, obrigou a natação brasileira a rever seu planejamento internacional.

    De início, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) planejava fazer diversos treinamentos no exterior, sobretudo nos EUA.

    A entidade enviaria atletas às cinco etapas do circuito norte-americano neste primeiro semestre.

    Nas mesmas incursões, planejava reunir atletas para o revezamento 4 x 100 m livre (considerado com potencial de pódio nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016) para atividades específicas e para reforçar o espírito de grupo.

    Entre os nadadores que formariam essa equipe, estariam o recordista mundial da prova, Cesar Cielo, o recordista mundial júnior, Matheus Santana, e atletas baseados nos EUA, como Bruno Fratus.

    As ações serviriam para incrementar a preparação para o Pan de Toronto, no mês de julho, e o Mundial de Kazan, na Rússia, em agosto.

    Nesta sexta (17), houve o anúncio dos convocados para os dois eventos. À exceção de Cielo, que abdicou do Pan, o Brasil irá com força máxima às duas competições.

    Em Kazan, por exemplo, os 12 melhores revezamentos já podem garantir vaga nos Jogos de 2016 –a CBDA quer assegurar, sobretudo, vaga nos 4 x 100 m livre masculino.

    Os treinamentos nos EUA também seriam relevantes, na avaliação da entidade, para manter movimento de ascensão da natação brasileira.

    No Mundial de Barcelona-2013, o país obteve dez medalhas –nas piscinas e na maratona aquática. No Mundial em piscina curta (25 m) de Doha, em dezembro passado, foi ao pódio dez vezes e liderou o quadro geral.

    "É ruim [o corte das viagens], mas nós podemos trazer os atletas brasileiros que treinam nos EUA para virem aqui", afirma o coordenador técnico, Ricardo de Moura.

    "Ninguém esperava tanta subida do dólar", diz. Nesta sexta (17), a moeda fechou cotado a R$ 3,04.

    Alberto Pinto, técnico-chefe da seleção masculina, que responde à Moura, é um pouco mais otimista. Ele não crê que o cancelamento da série de treinamentos no exterior vá atrapalhar a preparação.

    Os dois dirigentes ainda negociam ao menos uma incursão aos EUA: levar as seleções à etapa de Charlotte, entre 14 e 17 de maio, seguidas de treinos na Universidade de Auburn.

    A CBDA deve receber R$ 3,9 milhões da Lei Piva em 2015 e também tem patrocínio dos Correios e do Bradesco.

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