Aclamado como um dos melhores e mais revolucionários técnicos de futebol na atualidade, Pep Guardiola, 44, jamais foi eliminado da Liga dos Campeões da Europa antes das semifinais.

Mas o tabu do badalado treinador catalão nunca esteve tão ameaçado como agora.

Derrotado por 3 a 1 pelo Porto no jogo de ida, na semana passada, o seu Bayern de Munique precisa vencer os portugueses por 2 a 0 ou por pelo menos três gols de diferença, nesta terça-feira (21), na Alemanha, para passar pelas quartas e manter viva a escrita de seu comandante.

"O resultado do primeiro jogo nos obriga a correr mais riscos. Precisamos criar chances de gol, mas também impedir nossos adversários de marcarem. Estou convencido de que faremos todo o possível. Mas não será fácil."

Desde que estreou como técnico, em 2007, no comando do time B do Barcelona, Guardiola já participou de seis Ligas dos Campeões.

O catalão conquistou o título duas vezes (2009 e 2011, com a equipe principal do Barcelona). Além disso, parou em três semifinais, inclusive na temporada passada, a primeira à frente do Bayern.

Apesar da situação delicada nas quartas, o time alemão vinha até então mantendo todo o manual de sucesso de Guardiola. Os bávaros são os que mais tocam bola no torneio (6.370 passes até o momento) e passaram sem sustos pela fase de grupos, com 15 dos 18 pontos possíveis.

Só que a derrota para o Porto teve um efeito pesado no ambiente do clube. O treinador foi apontado como vilão no pedido de demissão do médico Hans-Wilhelm Müller-Wohlfahrt, que trabalhava no Bayern desde 1977 e alegou "quebra na relação de confiança" para sair.

Guardiola, que completará contra o Porto sua 100ª partida no clube, negou ser responsável pela queda, mas tem mostrado insatisfação com os vários problemas físicos enfrentados pelo elenco.

Nesta terça, Alaba e Robben desfalcam a equipe devido a contusões.

	Christof Stache/AFP
	Guardiola observa treino do Bayern de Munique

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