• Esporte

    Thursday, 02-May-2024 13:13:26 -03

    Logo do Especial Rio-2016

    Pacto empresarial deve criar índice para medir confiabilidade de confederações

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    22/04/2015 12h17

    Um dos primeiros desdobramentos do pacto que tem sido trabalhado por quase 20 empresas que investem mais de meio bilhão de reais no esporte deve ser a criação de um indicador único para avaliar as confederações do país.

    A proposta de elaboração do índice, que pretende avaliar anualmente gestão e transparência das entidades esportivas, foi feita pela ONG Atletas pelo Brasil, que tem atuado como consultora do projeto.

    O indicador apontaria quais são as confederações mais seguras e eficientes para se investir. Também apontaria as menos recomendáveis. Os critérios ainda não estão definidos, mas devem envolver planejamento, limite de mandato, independência fiscal e prestação de contas.

    Assim, por exemplo, o próprio pool de empresas poderia sugerir ou vetar patrocínios a entidades esportivas.

    Na prática, funcionaria como um "balizador de investimento", o que hoje inexiste. Uma das grandes reclamações das empresas é muitas vezes não ter informações críveis sobre a vida financeira das entidades.

    Gustavo Alves/Divulgação
    Medalhista olímpica, Ana Moser lidera ONG Atletas pelo Brasil
    Medalhista olímpica, Ana Moser lidera ONG Atletas pelo Brasil

    A criação do indicador e sua operação podem ter auxílio do governo federal. A proposta foi apresentada na segunda-feira retrasada (13) ao ministro George Hilton (Esporte), que demonstrou interesse na atuação da pasta para avaliar as confederações em conjunto com as empresas.

    Caso o ministério opte por não participar, ainda assim as companhias signatárias devem adotá-lo.

    A expectativa é que a assinatura do pacto e seu lançamento publico ocorram no segundo semestre deste ano. A grande motivação para que elas se unam foi a preocupação com a utilização de seus recursos em vista das alterações na Lei Pelé, em 2013, e na Lei Anticorrupção.

    Até o momento, já aderiram ao pacto 19 empresas: Aché, Ambev, Banco do Brasil, Bradesco, BRF, Centauro, Correios, Construtora Passarelli, Decathlon, Gol Linhas Aéreas, Itaú, McDonald's, Nestlé, Nissan, Pão de Açúcar, P&G, TetraPak, Volkswagen e Ápice (que reúne companhias de material esportivo). Ao todo, o investimento anual delas no esporte ultrapassa R$ 550 milhões.

    Para costurar o acordo, as companhias têm, recebido assessoria da Atletas pelo Brasil, do Lide Esporte, do Instituto Ethos e do escritório Mattos Filho Advogados.

    Uma reunião que definirá outras cláusulas do pacto será realizada no próximo dia 28.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024