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    Garantido no São Paulo, Milton Cruz soma maior período como interino

    DE SÃO PAULO

    30/04/2015 02h00 - Atualizado às 17h02
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    Adriano Vizoni/Folhapress
    Milton Cruz abraçado com Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol do São Paulo
    Milton Cruz abraçado com Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol do São Paulo

    Já são 24 dias desde que Milton Cruz assumiu o cargo de técnico do São Paulo, após a saída de Muricy Ramalho em 6 de abril deste ano. Nunca o coordenador técnico tricolor ficou tanto tempo no cargo como interino como ocorre na gestão do presidente Carlos Miguel Aidar.

    Funcionário do São Paulo desde 1994, é a nona vez que Milton Cruz assume como técnico interino, isto é, substituindo quem foi demitido até o clube acertar a contratação de outro.

    Nesses 24 dias ele comandou o time tricolor em cinco jogos, com quatro vitórias (3 a 0 na Portuguesa, 3 a 0 no Red Bull, 2 a 1 no Danubio e 2 a 0 no Corinthians) e uma derrota (2 a 1 para o Santos).

    O curioso é que a marca foi atingida justamente no período que Milton Cruz mais ficou ameaçado. O nome dele não agrada a diretoria e ele estava cotado para sair com Muricy e o gerente de futebol, Gustavo Vieira.

    Mas a boa campanha no comando do time deu sobrevida a Milton Cruz –embora ele já tenha dito que não deseja ser efetivado.

    Aidar já confirmou que o interino vai comandar o São Paulo nas oitavas de final da Copa Libertadores contra o Cruzeiro, nos dias 6 e 13 de maio, e no início do Campeonato Brasileiro.

    Após o clube fracassar na contratação de Alejandro Sabella, é possível que Milton Cruz fique no comando do time até 4 de julho. A data coincide com o final da Copa América, quando o São Paulo deve tentar contratar o argentino Jorge Sampaoli, hoje no comando da seleção chilena.

    Nos últimos anos, os interinos que ficaram mais tempo no comando do São Paulo foram o chileno Roberto Rojas e Sergio Baresi.

    O primeiro dirigiu o time por 38 dias, entre maio e junho de 2003, quando foi efetivado. Depois ficou até o final da temporada, inclusive, classificando o São Paulo para a primeira Copa Libertadores após 1994.

    Já Baresi substituiu o próprio Milton Cruz, que estava como interino, em agosto de 2010. Ficou até setembro como interino, completando 47 dias. Depois foi efetivado e durou no cargo até 4 de outubro. Deu lugar a Paulo César Carpegiani e voltou a dirigir o time sub-20 tricolor.

    TEMPO COMO INTERINO

    Antes da marca atual, Milton Cruz tinha acumulado no máximo 11 dias como técnico interino do São Paulo. Isso ocorreu entre 18 de abril de 2005 e 29 de abril de 2005, quando substituiu Emerson Leão. No mesmo período dirigiu o time em três jogos, que também era a maior marca dele até então.

    A primeira vez que dirigiu o São Paulo foi entre 13 de dezembro de 1999 e 21 de dezembro de 1999 por um jogo apenas substituindo Paulo César Carpegiani antes de o clube acertar a vinda de Levir Culpi.

    Depois, entre 19 de junho e 20 de junho de 2009, substituiu por dois dias e um jogo o demitido Muricy Ramalho antes de Ricardo Gomes assumir.

    Voltou a dirigir o São Paulo entre 6 e 8 de agosto de 2010, justamente na saída de Ricardo Gomes e antes de Baresi ser escolhido para substituí-lo.

    Em 2011, por nove dias durante julho, Milton Cruz voltou a trabalhar interinamente. O mesmo ocorreu em outubro daquele ano, mas por oito dias. Em 2012, ficou nove dias entre junho e julho. Já em 2013 foram seis dias.

    Desde 1994 no São Paulo, Milton Cruz acumula 30 jogos como técnico. O saldo é razoável. Foram 15 vitórias, seis empates e nove derrotas.

    Muitas dessas partidas ocorreram durante períodos em que os técnicos efetivos estavam suspensos ou licenciados por motivo de saúde.

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