Lionel Messi já disputou 477 partidas oficiais pelo Barcelona desde que se tornou profissional. Dessas, perdeu 53. Somente uma vez por diferença maior que três gols.

E quem foi o responsável pela maior derrota da carreira do argentino com a camisa azul e grená catalã? Justamente o Bayern de Munique.

É nesse fiapo histórico de esperança que os alemães depositam as fichas para se tornarem nesta terça (12) os primeiros finalistas da Liga dos Campeões da Europa -Real Madrid e Juventus disputam na quarta (13) a outra vaga.

Derrotado por 3 a 0 no jogo de ida, o Bayern precisa vencer o Barcelona por ao menos quatro gols de diferença para vencer a semifinal e tirar Messi da briga pela taça.

Editoria de arte/Folhapress

O único dos 477 resultados do astro no time catalão que daria a vaga ao time alemão na decisão aconteceu no dia 23 de abril de 2013, também na semifinal do maior torneio interclubes do mundo.

Na ocasião, o Bayern goleou o Barcelona por 4 a 0, na Alemanha, na ida do mata-mata. Thomas Müller marcou duas vezes. Robben e Mario Gómez fizeram os outros.

Só que, naquela oportunidade, Messi estava "baleado". Recuperando-se de contusão muscular na perna direita, o argentino estava visivelmente sem ritmo de jogo, tanto que ficou no banco na partida de volta -outra vitória alemã, agora por 3 a 0.

A situação é bem diferente da atual. Agora, o camisa 10 está voando. Ele fez dois gols (um deles, lindo ) e deu o passe para o outro na primeira partida da semifinal.

"Não vou dizer que precisamos de um milagre. Mas se nos classificarmos, é isso que será dito. É claro que será um marco", afirmou Müller.

O Bayern tem só uma oportunidade de classificação caso não consiga vencer por quatro ou mais gols de folga. Fazer 3 a 0 e levar a melhor na prorrogação ou em uma eventual disputa de pênaltis.

Mas essa opção também não o ajuda muito em termos de probabilidade histórica.

Messi, em toda a carreira pelo Barcelona, só perdeu uma vez por esse placar. Foi na Supercopa europeia de 2006, contra o Sevilla, antes de ele ser eleito pela primeira vez o melhor do mundo e quando ainda era um coadjuvante de Ronaldinho.

"Eu gostaria de ir para um jogo rápido [de tudo ou nada]. Mas, quanto mais rápido corrermos com a bola, mas rápido ela volta. O Barcelona se tornou dono do melhor contra-ataque do mundo", afirmou o técnico do Bayern, Pep Guardiola, que lamentou as ausências de Robben, Ribéry e Alaba, machucados.

Curiosamente, a maior derrota da carreira de Messi não aconteceu em um jogo do Barcelona e nem teve um algoz dos mais prováveis.

Nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, a Argentina, então comandada por Diego Maradona, foi goleada por 6 a 1 pela Bolívia. Messi ficou em campo os 90 minutos.