O acidente no Itaquerão que matou dois funcionários durante a construção do estádio está perto de completar um ano e meio e ainda não possui um laudo oficial.

Designado pelo Ministério do Trabalho para fazer o relatório, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ainda não concluiu o relatório.

O acidente foi em 27 de novembro de 2013, quando o guindaste que erguia uma peça da cobertura tombou e matou dois operários: Fábio Pereira e Ronaldo dos Santos.

"O relatório (...) será entregue ainda no primeiro semestre de 2015 e considera os aspectos mecânicos (caracterização do material do equipamento e análise de fraturas de componentes) e os aspectos relativos ao terreno (solo)", informou o IPT em nota.

Dias após o acidente, foi divulgado que o laudo estaria pronto em janeiro de 2014.

Sobre a demora, o IPT cita a "complexidade dos trabalhos técnicos necessários, que exigiram estudos e análises detalhados envolvendo diversas áreas de competência".

	Editoria de arte/Folhapress

Três laudos extraoficiais foram feitos a pedido dos envolvidos e da polícia. Um deles, de um professor da Universidade Federal do Rio, foi concluído em abril de 2014 e apontou que a causa foi o afundamento de solo.

O Instituto de Criminalística produziu laudo em junho de 2014, com a mesma causa.

O terceiro relatório, finalizado em agosto do mesmo ano, apontou falha na operação do guindaste. Este relatório foi elaborado por Fernando Mattos, perito e mestre em engenharia pela USP.

O acidente causou prejuízo para a Copa do Mundo. A Arena Corinthians, palco da abertura, só recebeu seu primeiro jogo oficial em maio de 2014 –a previsão era janeiro.

Em março de 2014, outro operário, Fabio Hamilton da Cruz, morreu na obra ao cair de uma altura de 15 metros.