O meia Xavi, 35, anunciou nesta quinta-feira (21) que vai deixar o Barcelona após o fim desta temporada e jogará pelo Al-Sadd, do Qatar, pelos próximos dois anos.

"É uma decisão difícil, mas definitiva. Cheguei a um consenso com a minha família e meu estafe e acredito que é o momento de sair. É preciso mudar de ar, me disse a cabeça e o corpo, mesmo que nem tanto o coração", afirmou o jogador.

A saída do atleta, somada às despedidas do goleiro Victor Valdés e do zagueiro Carles Puyol, em 2014, marca o fim de uma geração que viveu e ganhou de tudo no Barcelona.

Os três foram lançados como titular pelo técnico Louis van Gaal, em 2002/03, justamente numa época muito difícil para o time da Catalunha, que ficou apenas na sexta posição do Campeonato Espanhol daquela temporada e o máximo que conseguiu foi uma classificação para o torneio que hoje é chamado de Liga Europa.

	Julian Martin/AFP
	Xavi (centro) e Puyol (dir.) comemoram gol pelo Barcelona

Assim como os outros dois, Xavi cresceu nas categorias de base do Barcelona e foi o primeiro deles a subir para a equipe principal, mas levou quatro anos até conseguir, definitivamente, a sua vaga como titular.

Depois dos momentos difíceis, os três formaram a espinha dorsal deste time que teria, posteriormente, nomes como Ronaldinho, Messi e Neymar.

Juntos, Xavi, Valdés e Puyol conquistaram seis títulos do Campeonato Espanhol, três da Liga dos Campeões, dois do Mundial de Clubes, dois da Copa do Rei, dois da Supercopa da Europa e seis da Supercopa da Espanha.

Xavi jogou pela equipe principal por 17 anos. Pelo clube, entre as 23 conquistas, ganhou oito títulos do Campeonato Espanhol e três da Liga dos Campeões –poderá levar o quarto, já que o Barça está na final do principal torneio de clubes da Europa contra a Juventus, no dia 6 de junho.

O atleta é o recordista de partidas pelo time da Catalunha, com 764 jogos oficiais –são 866 no total. Só nesta temporada ele entrou em campo 41 vezes e anotou dois gols.