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    Corinthians inicia pela dispensa de Emerson forte ajuste de contas no ano

    MARCEL RIZZO
    DE SÃO PAULO

    23/05/2015 02h00

    A não renovação de Emerson Sheik, o jogo duro no novo contrato de Guerrero e a possibilidade de deixar titulares importantes saírem após dezembro, como Ralf, fazem parte do ajuste financeiro que o Corinthians se propõe a fazer em 2015.

    Com um déficit de R$ 21 milhões no departamento de futebol no ano passado, o Corinthians abriu a temporada com dívida de direito de imagem, que faz parte do salário, com seis de seus principais atletas, além de dever a outros que nem mais estão no clube, como Alexandre Pato.

    A sugestão do novo diretor financeiro, Emerson Piovezan, que assumiu em fevereiro depois da eleição de Roberto de Andrade à presidência, foi a de cortar gastos, principalmente no futebol. E é isso que está acontecendo.

    Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
    O atacante Emerson Sheik durante treino do Corinthians
    O atacante Emerson Sheik durante treino do Corinthians

    "Temos que gastar o que temos de receita", disse Piovezan. A previsão de receita para 2015, no futebol, é de R$ 200 milhões.

    Emerson Sheik, R$ 520 mil mensais aos 36 anos, não terá o contrato renovado (termina em 31 de julho), confirmou nesta sexta (22) o presidente Roberto de Andrade.

    A situação financeira do clube requer tantos ajustes que não ceder na renovação de contrato de Guerrero, seu principal atacante e ídolo da torcida por ser o autor do gol do título mundial em 2012, seria impensável anos atrás.

    Nesta sexta, Andrade usou discurso de despedida, afirmando que o clube não pagará o que o jogador quer e que a negociação pode estar fadada ao fracasso –Guerrero pede R$ 20 milhões de luvas para assinar o novo acordo, que acaba em 15 de julho. Mas a Folha apurou que o clube não desistiu dele e usa a estratégia de pressão sobre o jogador, avaliando que ele vai abaixar o pedido.

    "O Corinthians não pode se comprometer com valor que não tem como pagar", disse Andrade.

    Davi Ribeiro/Folhapress
    Roberto de Andrade, presidente do Corinthians
    Roberto de Andrade, presidente do Corinthians

    RENOVAÇÃO

    Aos poucos, o Corinthians contará com jogadores que ganham menos. Esse é o planejamento para 2016 e o motivo é que recentes experiências não deram certo.

    Por exemplo: Vágner Love (contrato até agosto de 2016), Cristian (dezembro de 2017) e Edu Dracena (dezembro de 2016) custam ao clube mensalmente cerca de R$ 1,1 milhão.

    Destes, Dracena ganhou a vaga de titular na zaga, mas os outros dois são reservas. Love, por sinal, foi afastado pelo técnico Tite para recuperar a forma física e não se sabe quando voltará ao time.

    Esta política de contenção de gastos deve fazer com que a renovação de jogadores como Danilo, Ralf e Fábio Santos, com contratos terminando em dezembro de 2015, não aconteça caso não negociem.

    O clube também conta com a venda de alguns atletas para fazer caixa. O zagueiro Gil, na avaliação interna, é o que teria hoje maior potencial de venda na janela europeia de negociações entre julho e agosto. Mas há jovens revelações, como o meia Matheus Cassini, 19, que pode ser vendido ao futebol italiano.

    "Não vai existir o Corinthians amanhã se não cuidarmos do hoje. O amanhã chega rápido. Em algum momento isso aconteceria. Se chegou na minha vez de consertar o clube", disse Andrade.

    Editoria de Arte/Folhapress

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