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    ANÁLISE

    José Aldo deve se tornar agora a maior aposta do UFC no Brasil

    EDUARDO OHATA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    24/05/2015 08h15

    Praticamente um desconhecido quando surpreendeu Anderson Silva e tomou seu cinturão dos médios do UFC, Chris Weidman mostrou na vitória sobre Vitor Belfort, em menos de três minutos, na madrugada deste domingo (24), que se torna cada vez mais um lutador completo.

    E, mesmo sem querer, o UFC vê o americano construir a imagem de "carrasco de brasileiros", já que em seus combates anteriores e em sequência bateu o "Spider" e Lyoto Machida. Esse detalhe pode ser bem explorado na promoção de uma de suas próximas lutas, já que outro brasileiro, o expert em jiu-jitsu Ronaldo Jacaré, é o segundo do ranking dos médios e deve receber uma chance de lutar pelo cinturão em breve.

    Também faz parte do ranking dos médios um outro brasileiro que ainda não dividiu o octógono com Weidman, Thales Leites.

    Para o mercado brasileiro, porém, teria sido melhor uma vitória de Belfort, já que é um "nome" conhecido, além de ter carisma.

    Resta agora ao UFC apostar as fichas na luta do brasileiro campeão dos penas José Aldo com o falastrão irlandês Connor McGregor, em 11 de julho, para que o manauara transcenda o esporte. Ou seja, se torne aquela figura que "chama" o público que normalmente não acompanha a modalidade, como um dirigente do UFC confidenciou à Folha ser a ideia.

    Aldo é considerado por especialistas como o melhor lutador de MMA da atualidade, mas não tem a mesma popularidade que tinha Anderson Silva, ou poderia ter um Belfort campeão, por exemplo.

    Weidman, que venceu Anderson Silva em seu próprio jogo (boxe) no primeiro encontro, suportou nesta madrugada um duro ataque de Belfort ao ser encurralado na grade do octógono, momentos depois levou Belfort ao solo e, montado sobre o brasileiro, disparou uma sequência de golpes que provocou a interrupção do combate.

    Impressionou a resistência aos golpes e capacidade de recuperação de Weidman, bem como sua habilidade na luta no solo, já que Belfort também conta com um bom pedigree nessa categoria —foi discípulo do mestre Carlson Gracie.

    Conhecido por seus golpes explosivos, especialmente nos primeiros assaltos, Belfort foi alvo de questionamentos de Weidman por conta do uso de TRT, tratamento de reposição de testosterona que vinha fazendo até ser proibido.

    E, de fato, entrou no octógono com um físico diferente ao de combates anteriores, quando conseguiu uma sequência de vitórias impressionantes.

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