Assim como proporciona momentos de extrema alegria, o esporte também pode ser bastante cruel em algumas ocasiões. E foi justamente isso que Lewis Hamilton sentiu neste domingo (24) em Mônaco.

Depois de liderar a corrida mais tradicional –e difícil– do calendário da F-1 por 64 voltas e conseguir, no braço, uma vantagem de mais de 25 segundos sobre Nico Rosberg, seu companheiro de time e que contava com o mesmo equipamento que ele, um erro de cálculo da Mercedes lhe tirou o triunfo das mãos.

Pior que isso, o colocou no colo de Rosberg. Azar de uns, sorte de outros

Mas, por mais que a vitória de Rosberg em Montecarlo possa ser vista como uma injustiça, para o Mundial deste ano não podia ter sido melhor.

Único piloto com condições reais de lutar com Hamilton pelo título deste ano, Rosberg vem numa crescente nas últimas corridas.

Venceu o GP da Espanha e, com a vitória em Mônaco, diminuiu para apenas dez pontos sua desvantagem para o companheiro. Sabe que não pode dar nenhuma brecha para Hamilton, que busca o tricampeonato.

Com a Mercedes ainda sem encontrar adversários, o segredo para um Mundial interessante é a garantia de que a dupla irá disputar este título até o fim do campeonato, assim como aconteceu no ano passado.

Com sua política de deixar os pilotos decidirem as posições na pista e tentando dar aos dois igualdade de condições, a equipe alemã já mostrou que isso pode acontecer.

E, o fato de termos de um lado um Hamilton mordido pela perda de uma vitória certa –e merecida– e um Rosberg motivado pelos recentes resultados é garantia de faíscas nas próximas etapas do Mundial.