Vanderlei Luxemburgo não é mais técnico do Flamengo. Em reunião realizada na noite desta segunda-feira (25), na Gávea, a diretoria do clube decidiu dispensar o treinador após o início ruim no Campeonato Brasileiro.

Com um empate e duas derrotas nas três primeiras rodadas da competição, o time teve o pior começo de Campeonato Brasileiro na história dos pontos corridos.

A campanha ruim dentro das quatro linhas, no entanto, não foi o único motivo que determinou a queda de Vanderlei. Os membros da alta cúpula rubro-negra já mostravam descontentamento com o comportamento do treinador fora de campo.

Antes intocável nos bastidores, Luxemburgo começou a perder força quando foi ao programa "Bem, Amigos", do canal SporTV, e fez questão de comentar durante um bom tempo as sondagens do São Paulo.

Nas semanas seguintes, o assunto não saiu de pauta. E novamente Luxemburgo reservava um longo período para comentar e agradecer o interesse do clube paulista, fato que incomodou a direção do Flamengo.

Na sequência, o incômodo se deu por conta dos incessantes pedidos por reforços, reclamações de jogos levados para fora do Rio de Janeiro e cobranças por melhorias no Centro de Treinamento George Helal, em Vargem Grande, onde os profissionais se preparam para as partidas.

A diretoria entendia que os comentários, por mais pertinentes que fossem, eram sempre feitos em situações inapropriadas, pressionando a cúpula do clube. A tentativa de influenciar decisões em áreas além do futebol também não eram bem digeridas.

Após semanas de discussão nos bastidores entre a ala que defendia a demissão e a outra que o sustentava no cargo, o grupo decidiu que a demissão nesta segunda-feira era o melhor a ser feito.

JAYME NO COMANDO

Por ora, o auxiliar Jayme de Almeida, campeão da Copa do Brasil de 2013 e do Campeonato Carioca 2014 com o Flamengo, deve assumir o cargo deixado por Vanderlei Luxemburgo.

Antes de pensar em um novo nome para o comando técnico, a diretoria do Flamengo concentrará seus esforços na busca por dois reforços pontuais - Guerrero, do Corinthians, e um meia que possa vestir a camisa 10 e encerrar o problema de criação ofensiva do time.

Editoria de Arte/Folhapress