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    Corrupção no futebol

    Para Planalto, caso Fifa facilita aprovação de MP do futebol

    ANDRÉIA SADI
    MARINA DIAS
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    27/05/2015 16h06

    Integrantes do Palácio do Planalto avaliaram nesta quarta-feira (27) que a operação da polícia suíça contra o ex-presidente da CBF José Maria Marin e outros seis dirigentes da Fifa dará "força" para a aprovação da MP do futebol no Congresso.

    Assinada por Dilma Rousseff, a medida provisória que refinancia as dívidas fiscais dos clubes e impõe contrapartidas a eles só deve ser votada na Câmara em junho.

    Segundo um ministro ouvido pela Folha, há pressão da chamada "bancada da bola" –alinhada com clubes e CBF– para não deixar a MP passar. Assessores do governo dizem que a CBF organizou uma tropa de deputados para barrar qualquer medida moralizadora na gestão de clubes e confederações.

    Editoria de Arte/Folhapress

    As denúncias de corrupção desta quarta-feira revelam, na avaliação desses interlocutores palacianos, que, sob investigação, a entidade se fragiliza na operação para derrotar a MP no Congresso.

    Os cartolas detidos nesta quarta são investigados pela Justiça americana por participação em um suposto esquema de corrupção.

    Para a CBF, a MP do futebol é inconstitucional e fere o direito de autonomia das entidades esportivas.

    O argumento é que, ao obrigar os clubes que aderirem ao refinanciamento a seguir novas regras, a MP impõe, em decorrência, que as federações também tenham que se submeter a essas determinações.

    OPERAÇÃO

    Além de Marin, foram detidos Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Eles participariam do congresso da Fifa e da eleição da entidade, que ocorre nesta sexta (29).

    As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a Procuradoria de Nova York faz a investigação.

    Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a maior parte do esquema envolvia subornos e propinas entre dirigentes da Fifa e executivos do setor na comercialização de jogos e direitos de marketing de campeonatos como eliminatórias da Copa do Mundo na América do Norte, a Copa América, a Libertadores e a Copa do Brasil -esta última, organizada pela CBF.

    Editoria de arte/Folhapress
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