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    Corrupção no futebol

    'O trabalho vai continuar até que todos sejam descobertos', diz diretor do FBI

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    28/05/2015 02h00

    A polícia suíça realizou nesta quarta-feira (27), a pedido das autoridades dos EUA, uma operação surpresa para deter seis dirigentes da Fifa investigados por corrupção e com mandados de extradição. Entre os detidos está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que deixou a entidade em abril.

    Na entrevista para explicar o que chamaram de "Copa do Mundo da fraude", as autoridades americanas se esforçaram para deixar clara a mensagem de que as investigações continuam e mais está por vir.

    Com o interesse crescente pelo futebol nos EUA, parte da cúpula da Justiça americana foi à Corte do Brooklyn, em Nova York, nesta quarta (27), onde o processo foi aberto. "O trabalho vai continuar até que todos os corruptos sejam descobertos. A mensagem é que este tipo de conduta não será tolerada", afirmou James Comey, diretor do FBI.

    A secretária de Justiça dos EUA, Loretta Lynch, saiu de Washington para ir à entrevista, que reuniu mais de cem jornalistas de diversos países.

    "Duas gerações de executivos da Fifa, da Concacaf e da Conmebol usaram seus cargos de confiança para solicitar propinas de empresas de marketing esportivo em troca de direitos comerciais sobre campeonatos", disse.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Eles fizeram isso ano após ano, campeonato após campeonato", afirmou, citando, entre outros exemplos, o acordo de patrocínio da seleção brasileira com uma "grande empresa de artigos esportivos dos EUA".

    Embora a escolha da África do Sul para abrigar a Copa de 2010 esteja sob escrutínio dos procuradores, a eleição do Brasil para sediar o evento em 2014 não foi incluída, segundo o procurador de Nova York Kelly Currie. "Não há conduta relacionada à escolha [do Brasil] em 2014 como parte deste processo", disse.

    Ao ser questionada sobre a ausência do presidente da Fifa, Joseph Blatter, nas acusações, Lynch afirmou que não falaria sobre indivíduos não mencionados. "O que posso dizer é que essa investigação está em andamento e vai continuar."

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