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    Corrupção no futebol

    Marin aciona especialista suíço para tentar barrar extradição aos EUA

    BERNARDO ITRI
    LEANDRO COLON
    ENVIADOS ESPECIAIS A BERNA

    01/06/2015 08h00

    Um advogado suíço especializado em cooperação internacional foi acionado pelo ex-presidente da CBF, José Maria Marin, no processo de extradição para os Estados Unidos.

    Trata-se de Georg Friedli, sócio do escritório Friedli & Schnidrig, baseado na capital Berna, onde o caso do dirigente está oficialmente sendo conduzido pelo Departamento de Justiça da Suíça.

    A informação foi confirmada à Folha pela cúpula da CBF. Localizado pelo reportagem, o advogado não quis comentar sobre o caso: "Não posso dizer nada. É muito cedo", respondeu.

    Marin está preso na Suíça desde a quarta-feira (27) após pedido das autoridades americanas sob a acusação de envolvimento num esquema de corrupção que envolveu mais de US$ 150 milhões. Além do cartola brasileiro, outros seis dirigentes da Fifa foram detidos em Zurique.

    Aos 63 anos, o advogado Georg Friedli é especializado, entre outros assuntos, em acordos de cooperação internacional e questões criminais. Seu currículo também informa atuação em prevenção a lavagem de dinheiro, sigilo bancário, contratos etc.

    O escritório informa em seu site trabalhar com clientes suíços e internacionais.

    A Conmebol, que dirige o futebol sul-americano, dá assistência a Marin numa coordenação do diretor-geral da entidade, Gorka Villar.

    Conforme revelou a Folha no sábado (30), Marin quer pedir prisão domiciliar enquanto espera o processo de extradição.

    O governo suíço já solicitou às autoridades americanas a formalização do pedido de extradição de Marin. Os Estados Unidos têm até 3 de julho para enviar o pedido.

    De acordo com a Suíça, o ex-presidente da CBF só poderá apelar de uma eventual decisão pela transferência depois de o governo local tomar essa decisão -período em que também ficará detido. O processo pode levar seis meses. Se o governo Suíço negar a extradição, os presos serão liberados.

    Antes disso, no entanto, os Marin e os cartolas detidos podem também apelar à prisão para ficar sob custódia.

    Segundo o porta-voz da Justiça Federal da Suíça, Folco Galli, eles têm até o dia 8 de junho para reivindicar a liberdade. Até esta segunda-feira (1), porém, ninguém formalizou o pedido, afirma Folco.

    Os indiciados

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