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    Corrupção no futebol

    Brasileiro indiciado em escândalo da Fifa é procurado pela Interpol

    DE SÃO PAULO

    02/06/2015 18h51

    Reprodução
    Ficha de José Margulies na página de procurados da Interpol
    Ficha de José Margulies na página de procurados da Interpol

    Indiciado pela Justiça dos Estados Unidos em investigação sobre corrupção no futebol, o argentino naturalizado brasileiro José Margulies, conhecido como José Lazaro, está na página de procurados da Interpol, a Polícia Internacional.

    Margulies intermediava contratos da Conmebol com emissoras de televisão e empresas de marketing esportivo.

    Além dele, José Maria Marin, ex-presidente e atual vice da CBF, e J. Hawilla, empresário dono da Traffic, foram indiciados pela Justiça Americana.

    LEOZ E WARNER ENTRAM NA LISTA DE PROCURADOS PELA INTERPOL

    Envolvido no caso de corrupção, o ex-presidente da Conmebol, Nicolas Leoz, passou a ser registrado na Interpol como procurado, com alerta vermelho. Isso significa que o cartola pode ser preso em qualquer país.

    Além do dirigente paraguaio, o ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, também entrou na lista da polícia internacional.

    Os nomes de ambos consta nas investigações do governo dos EUA, que os acusa de ter participado do esquema de corrupção no futebol que movimentou mais de US$ 150 milhões.

    DECISÃO

    Por telefone, o empresário afirmou à Folha na última quarta-feira (27) que está na Alemanha, onde pretende ver a final da Liga dos Campeões.

    "Sei da investigação, mas ainda não fui informado sobre indiciamento", disse Lazaro, que mora há 50 anos no Brasil.

    O empresário diz que intermediou contratos da Conmebol com a TyC, empresa argentina de marketing esportivo. Ele afirma que em 2006 negociou com a Fifa acordos para a venda de direitos de transmissão das eliminatórias da Copa do Mundo.

    "Não temo [ser preso]. Estou de férias aqui na Alemanha e vou assistir à final da Liga dos Campeões", afirmou.

    Editoria de Arte/Folhapress

    DETIDOS

    A polícia suíça realizou na quarta-feira (27), a pedido das autoridades dos EUA, uma operação surpresa para deter seis dirigentes da Fifa investigados por corrupção e com mandados de extradição. Entre os detidos está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que deixou a entidade me abril.

    Os outros detidos foram Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel (veja abaixo o perfil dos dirigentes).

    As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York faz a investigação.

    Agentes chegaram no início da manhã (horário local) ao luxuoso hotel cinco estrelas Baur au Lac, em Zurique, onde os dirigentes estão reunidos para um congresso anual da entidade máxima do futebol. A entrada do prédio foi bloqueada e dezenas de jornalistas se aglomeravam no local. Ainda não há informações de para onde os detidos foram levados.

    Os alvos da operação seriam principalmente dirigentes da Concacaf, como o presidente Jeffrey Webb. A entidade, que engloba os países das Américas do Norte e Central e do Caribe, realizou na terça (26) uma reunião que contou com a presença do presidente da Fifa, Joseph Blatter.

    Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, a Fifa afirmou que Blatter não está envolvido no caso, que o congresso está mantido e que a entidade está colaborando com as autoridades.

    As acusações, segundo a polícia suíça, estão relacionadas a um vasto esquema de corrupção de mais de US$ 100 mi dentro da Fifa nos últimos 20 anos, envolvendo fraude, extorsão e lavagem de dinheiro em negócios ligados a campeonatos na América Latina e acordos de marketing e transmissão televisiva.

    O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou também nesta quarta-feira (27) que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) está sendo investigada por acusações de corrupção em acordos comerciais. Segundo nota das autoridades americanas as investigações incluem acusações sobre pagamento de suborno em relações ao contrato da entidade com uma grande marca esportiva americana e também pagamentos em relação a contratos da Copa do Brasil.

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