O presidente da Traffic USA (braço norte-americano da Traffic), Aaron Davidson, pagou US$ 5 milhões (R$ 15,7 milhões) de fiança à Justiça dos Estados Unidos após ser acusado de conspiração, fraude financeira e lavagem de dinheiro relacionadas ao escândalo de corrupção da Fifa.

De acordo com documento protocolado na Corte de Nova York, o executivo de marketing esportivo foi liberado "com condições" –não especificadas– e deve se apresentar ao juiz Raymond J. Dearie novamente em 17 de julho.

Na semana passada, Davidson se declarou inocente de todas as acusações. Ele foi o primeiro indiciado no caso a se pronunciar sobre o processo na Justiça americana, revelado na quarta-feira (27).

Quatorze pessoas foram acusadas de pagamento ou recebimento de propinas para a exploração comercial dos direitos de transmissão e de marketing de competições de futebol.

De acordo com as autoridades norte-americanas, as eliminatórias da Copa do Mundo da Concacaf, a Copa América, a Taça Libertadores e a Copa do Brasil estão entre os campeonatos envolvidos no esquema.

O ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83, e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos na semana passada pela polícia suíça, a pedido das autoridades dos Estados Unidos.

Marin deixou o comando da entidade que dirige o futebol brasileiro em abril. Seu substituto é Marco Polo Del Nero.

O dono da Traffic, o brasileiro J. Hawilla, 71, se declarou culpado das acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça em dezembro do ano passado. Ele fechou acordo com a Justiça dos EUA para devolver US$ 151 milhões (pouco mais de R$ 475 milhões) e vive em liberdade no país.