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    Corrupção no futebol

    Egito diz que voto para sediar a Copa de 2010 custava US$ 7 milhões

    DE SÃO PAULO

    04/06/2015 22h40

    Aley Eddine Helal, ex-ministro do Esporte do Egito, disse nesta quinta-feira (4) que o país se recusou a pagar US$ 7 milhões ao ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, em troca de votos para sediar a Copa do Mundo de 2010.

    O Egito estava na briga para sediar o Mundial daquele ano, mas teve apenas um voto a favor na eleição feita em 2004. A África do Sul foi a escolhida para receber o torneio.

    "Eu não imaginava que a Fifa era tão corrupta. Jack Warner pediu US$ 7 milhões antes de votar. Eu disse ao presidente da Associação Egípcia de Futebol que o Egito não poderia participar de tal crime", disse Helal em entrevista concedida para o canal ONTV e reproduzida pelo site Ahram Online.

    Helal, que fazia parte do comitê da campanha do Egito para a Copa de 2010, disse que permaneceu calado durante todo este tempo porque temia que o futebol do país sofresse sanções.

    Ex-integrante do comitê executivo da Fifa, o norte-americano Chuck Blazer afirmou em depoimento à Justiça dos EUA que houve pagamento de propinas nas escolhas das sedes da Copa do Mundo de 1998, na França, e 2010.

    Blazer disse que não apenas ele, mas também outros membros do comitê executivo, foram pagos para votar na África do Sul como sede.

    "Começando em [ou por volta de] 2004 e continuando até 2011, eu e outros no comitê executivo da Fifa concordamos em aceitar suborno em conjunção com a escolha da África do Sul como país sede da Copa do Mundo de 2010. Entre outras coisas, minhas ações descritas acima tinham participantes e resultados comuns", afirmou.

    Insistindo ser inocente, Warner se apresentou às autoridades de Trinidad e Tobago na última quarta-feira (27) depois que estas receberam um pedido de detenção por parte dos EUA.

    O ex-dirigente, no entanto, deixou a prisão de ambulância um dia depois, após ser libertado sob fiança, estipulada em US$ 394 mil (cerca de R$ 1,25 milhão), segundo a executiva legal da Autoridade Central do país, Kylene Deosingh.

    Os investigadores dos Estados Unidos acusam o governo sul-africano e o comitê de candidatura para o Mundial-2010 de ter pago US$ 10 milhões a Warner em troca de três votos a favor da África do Sul.

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