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    Corrupção no futebol

    Cafu e Edmilson criticam Ronaldo por cobrar CBF

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

    05/06/2015 10h52

    Os ex-jogadores da seleção Cafu e Edmilson criticaram a postura de Ronaldo em defender a renúncia do presidente da CBF Marco Polo Del Nero em meio ao escândalo de corrupção que atinge a Fifa.

    Para Cafu, é hora de "ficar quietinho", enquanto Edmilson disse que é "precipitado" se manifestar.

    Colegas de Ronaldo na conquista do pentacampeonato em 2002, ambos conversaram com a Folha nesta sexta-feira (5) em Berlim, onde ocorre no sábado (6) a final da Liga dos Campeões da Europa entre Juventus e Barcelona.

    "Agora é muito fácil você chegar e falar 'manda embora esse, põe esse'. O Ronaldo participou de toda a organização da Copa. Agora quer mandar embora o Del Nero e o Marin [José Maria Marin], que estavam juntos com ele? Não dá para entender muito", disse Edmilson.

    "É o caso de a gente ficar quieto por enquanto e esperar as investigações. Eles estão sendo acusados e não condenados. Então é melhor a gente ficar quietinho e esperar o que vai acontecer", afirmou Cafu, capitão do penta, quando questionado sobre a postura de Ronaldo.

    "A resposta do Ronaldo é do Ronaldo, a minha é a minha", ressaltou o ex-lateral.

    Ronaldo também está em Berlim. Na quarta-feira (3), ele disse que "adoraria" que Del Nero renunciasse à presidência da CBF. "Não tem dado grande exemplo", afirmou o ex-atacante. Procurada pela Folha, a assessoria de Ronaldo disse que o jogador não falaria sobre as declarações de Cafu e Edmilson.

    Del Nero é suspeito de envolvimento no escândalo que levou à renúncia de Joseph Blatter à presidência da Fifa e à prisão de sete dirigentes da entidade em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

    Conforme revelou a Folha, Ronaldo quer articular a saída de Del Nero do comando da CBF.

    Para Edmilson, é preciso esperar as investigações antes de se manifestar. "Eu acho que é precipitado, é um cargo extremamente político. Jogador não tem de se envolver em política. O jogador não quer saber disso, se Blatter pediu ou não demissão. Jogador não tem estrutura política para entrar nisso aí. Só se fizer como o Romário, que largou tudo pela política", disse.

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