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    Dunga defende invencibilidade no Brasil à frente da seleção

    MARCEL RIZZO
    DE SÃO PAULO
    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

    07/06/2015 02h00

    Quando a seleção brasileira entrar em campo contra o México na tarde deste domingo (7), às 17h, para amistoso preparatório para a Copa América, o técnico Dunga colocará a prova sua invencibilidade como técnico da seleção dentro do país. Foram dez jogos na primeira passagem, de 2007 a 2010, com seis vitórias e quatro empates.

    Mas a partida tem um ingrediente a mais, além da reestreia de Dunga no Brasil após oito vitórias em giro mundial desde que reassumiu, em julho passado.

    Esta será a primeira exibição da seleção em solo nacional depois do vexame que protagonizou nas duas últimas partidas da Copa do Mundo, ano passado. Foram dez gols tomados, e somente um feito, entre a semifinal –o inesquecível 7 a 1 para os alemães, em Belo Horizonte– e a disputa de terceiro e quarto –derrota de 3 a 0 para a Holanda, em Brasília.

    "Mesmo se ganhar a Copa América não vai apagar a Copa do Mundo que nós fizemos", admitiu Thiago Silva, reserva na atual seleção, mas o capitão em 2014.

    E o reencontro com os torcedores brasileiros será justamente em São Paulo, no novo estádio do Palmeiras, cidade que não costuma ser tolerante com atuações ruins.

    Dunga, por sinal, está acostumado a ser vaiado pelos torcedores paulistas.

    Em 1993, como jogador, fez gol na vitória de 2 a 0 contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa de 1994, mas foi muito criticado no Morumbi.

    Pouco mais de 14 anos depois, em outubro de 2007, Dunga era o treinador, no mesmo Morumbi, e foi chamado de burro ao tirar o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, e colocar o volante Josué. A substituição, no entanto, deu certo, o Brasil virou para cima do Uruguai, 2 a 1 pelas Eliminatórias, e embalou rumo à Copa de 2010.

    O treinador ainda teve outros dois jogos marcantes dentro de casa em sua primeira passagem como técnico da seleção. Dunga estava no banco no amistoso contra Portugal em Brasília que ajudou a derrubar Ricardo Teixeira da presidência da CBF.

    Em 19 de novembro de 2008, o Brasil goleou a seleção portuguesa por 6 a 2, na reinauguração do Bezerrão.

    Quatro anos depois, Teixeira caiu quando surgiu a suspeita de fraude na realização do jogo –bancado por dinheiro público (R$ 8,5 milhões) do governo do DF.

    A Ailanto, empresa que organizou o jogo, seria de propriedade de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona e parceiro de Teixeira.

    Em 9 de setembro de 2009, Dunga xingou muito a torcida após ser chamado de burro, e foi flagrado por câmeras de TV, na vitória de 4 a 2 sobre o Chile, no estádio do Pituaçu, em Salvador.

    Duas pessoas que estavam no estádio naquele dia entraram na Justiça contra a CBF, que foi obrigada a pagar R$ 20 mil de indenização a ambos por injúria.

    SEM O CRAQUE

    Neymar não participará do jogo. Ele jogou no sábado (6), em Berlim, a final da Liga dos Campeões pelo Barcelona contra a Juventus, e só se apresentará a Dunga nesta segunda (8), já em Porto Alegre –onde na quarta (10) o Brasil faz o segundo amistoso preparatório, contra Honduras, no Beira-Rio.

    Dunga perdeu o volante Luiz Gustavo, machucado, e Fernandinho será, inicialmente, o substituto.

    Philippe Coutinho ganhou a vaga de Oscar, outro lesionado, e, no ataque, com Neymar fora e Robinho com dores no joelho, a dupla será formada por Firmino e Tardelli.

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