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    Por resultado imediato, Petrobras prioriza patrocínio de atletas

    SAMANTHA LIMA
    DE DO RIO

    13/06/2015 16h26

    Visando a projeção da marca nos Jogos Pan-Americanos deste ano e na Olimpíada de 2016, a Petrobras reviu sua política de patrocínio esportivo e vai passar a dar foco em atletas de alta performance.

    Pouco mais de 20 esportistas vão receber apoio financeiro individual da estatal.

    Conforme a Folha apurou, o apoio a seis confederações será mantido, mas o alvo maior serão os atletas. Entre os nomes definidos pela estatal estão o jogador de vôlei Sérgio Escadinha, a judoca Mayra Aguiar e o ginasta Ângelo Assumpção.

    A reestruturação do programa foi um pedido da diretoria que assumiu em fevereiro, com a substituição da então presidente Graça Foster pelo atual, Aldemir Bendine.

    O foco em atletas de ponta considera o mote de "busca de resultados", no momento em que a empresa tenta deixar para trás o prejuízo de R$ 21,6 bilhões que foi obrigada a contabilizar, como efeito do esquema de corrupção detalhado pela Operação Lava Jato, e procura acelerar a produção para fazer caixa.

    A nova política está em fase final de ajustes e será apresentada oficialmente até o início do próximo mês.

    Desde 2011, a Petrobras patrocina as confederações de esgrima, taekwondo, boxe, remo, levantamento de peso e judô. Os recursos eram destinados às instituições, que os aplicavam no pagamento de bolsas a atletas, na compra de equipamentos, na manutenção da infraestrutura e do acompanhamento profissional para treinamento dos atletas. O repasse ajudava ainda no financiamento da participação em competições no Brasil e no exterior.

    Agora, cada confederação indicará dois atletas seus com maior chance de conquistar medalhas no Pan de Toronto e na Olimpíada do Rio.

    Os demais nomes estão sendo definidos pela estatal em conjunto com a Secretaria de Esporte de Alto Rendimento, do Ministério do Esporte. Eles receberão dinheiro diretamente da Petrobras.

    INVESTIMENTO

    Os valores investidos por ano estão sendo fechados, mas a expectativa é que não haja diferença em relação ao que é desembolsado. Calcula-se que, em 2014, a Petrobras tenha investido R$ 18 milhões no patrocínio esportivo.

    Isso vai ser possível porque não será mais necessário gastar com aquisição de equipamentos, por exemplo.

    Os atletas patrocinados serão acompanhados em seus treinamentos e competições, para avaliação de desempenho. O comportamento deles também será alvo de monitoramento, quando exposto na mídia ou em redes sociais.

    Pela nova política da estatal, excessos não compatíveis com a vida de atleta poderão ser alvo de multa prevista em contrato. Uma empresa vai ser contratada para fazer a avaliação periódica de desempenho e de atuação fora da competição esportista.

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