Jamil Bittar/Reuters | ||
O ex-diretor de comunicação da CBF, Marcelo Netto |
-
-
Esporte
Tuesday, 21-May-2024 06:31:47 -03Crise na CBF derruba primeiro diretor da entidade
MARCEL RIZZO
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A TEMUCO14/06/2015 17h08
A crise na CBF, deflagrada com a prisão do ex-presidente, José Maria Marin, já derrubou o primeiro diretor da gestão Marco Polo Del Nero. Menos de dois meses depois da posse do cartola, o jornalista Marcelo Netto deixou o cargo de diretor de comunicação da entidade.
Netto não aparece na sede da confederação há mais uma semana. Ele se desentendeu com a cúpula da entidade logo após a prisão de Marin na Suíça, no dia 27 de maio. Como diretor de comunicação, ele foi contra a estratégia adotada por Del Nero na crise.
De estilo reservado, o jornalista se recusou a comentar sobre a sua saída da CBF. Del Nero já escolheu o substituto de Netto. O novo membro da CBF será o jornalista Fernando Mello, atual diretor de comunicação do Palmeiras.
A CBF atravessa a maior crise da sua centenária história. Ex-comandante da entidade até abril, Marin está preso acusado de receber propina na venda de direitos de transmissão de torneio no Brasil e no exterior.
Del Nero é suspeito de participar do esquema. Ele nega.
O atual mandatário da CBF era o principal executivo da gestão de Marin, que se iniciou em 2012 após a renúncia de Ricardo Teixeira.
Na próxima semana, o Senado deverá nomear os integrantes da CPI que investigará a confederação.
Antes de chegar na CBF, Netto foi assessor de Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda do governo Lula.
Em 2006, Palocci foi exonerado depois de se envolver num escândalo com o caseiro Francenildo dos Santos Costa, que denunciou ter visto o ministro em reuniões com lobistas em uma mansão em Brasília.
O então ministro foi acusado de ter solicitado a quebra de sigilo bancário de Francenildo ao então presidente da Caixa Econômica Federal, na tentativa de causar desconfianças sobre o depoimento do caseiro.
Netto foi acusado de ter vazado as informações à imprensa, de acordo com a Polícia Federal.
O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal, que decidiu pela absolvição da acusação do ex-ministro e do jornalista em 2009.
[an error occurred while processing this directive]Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -