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    João Dória troca terno por agasalho e se aproxima dos jogadores da seleção

    MARCEL RIZZO
    SÉRGIO RANGEL
    ENVIADOS ESPECIAIS A TEMUCO

    14/06/2015 18h06

    Rafael Ribeiro/CBF
    João Dória e Dunga posam para foto na concentração da seleção brasileira de futebol
    João Dória e Dunga posam para foto na concentração da seleção brasileira de futebol

    João Dória Jr., 57, empresário, apresentador de TV e jornalista, deixou o terno e blazer de lado para se integrar à delegação da seleção brasileira que disputa a Copa América, no Chile.

    No hotel em que o time está hospedado, e nos deslocamentos até o estádio, João Dória tem usado a blusa e o agasalho da CBF, algo raro para o também publicitário.

    Sua intenção é viver o dia a dia da seleção como qualquer chefe de delegação, um cargo simbólico, que tem principal função representar a CBF em eventos relacionados à competição, como jantares com autoridades.

    Nestes eventos João Dória precisa colocar seu blazer, mas quando está com os jogadores ele preferiu algo informal, para se aproximar dos boleiros, o que parece ter dado certo.

    No embarque da delegação no ônibus que levou o time para o estádio Germán Becker, palco da partida contra o Peru, neste domingo, Dória foi abraçando atleta a atleta, demonstrando intimidade.

    Ele foge do perfil de chefes de delegação, normalmente formado por cartolas, seja presidentes de clube ou de federações, que são convidados para acompanhar a seleção, normalmente viagens internacionais bancadas pela CBF, e que em troca podem dar apoio político à gestão do momento.

    Marco Polo Del Nero, presidente da CBF que assumiu em abril de 2015, preferiu mudar o perfil. Oficialmente disse que quer aproximar a seleção da sociedade, e que Dória, que lidera um influente grupo de líderes empresariais, seria essa ponte. Del Nero, também, queria se aproximar de empresário neste primeiro momento de sua gestão.

    Não sonhava o presidente, porém, que semanas depois de anunciar Dória uma investigação por corrupção colocaria na cadeia seu atual vice e antecessor, José Maria Marin, e colocaria sobre ele mesmo, segundo investigação do Departamento de Justiça americano, indícios de participação no recebimento de propinas para fechar acordos comerciais na CBF e na Conmebol. Del Nero nega.

    Para ajudar Dória na representação da CBF no Chile, e administrativamente cuidar de qualquer caso relacionado às denúncias que possam surgir no período da competição, Del Nero mandou dois aliados na delegação: o secretário geral da CBF, Walter Feldman, e o diretor de marketing, Gilberto Ratto.

    Feldman deve fazer bate e voltas do Brasil ao Chile, e estará nos jogos. Ratto deve permanecer o tempo todo. Del Nero, a princípio, não sairá do Brasil neste momento.

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